Assessoria
Os muros das ruas não foram suficientes para segurar a onda do graffiti e ele invadiu salas, quartos, a Cozinha dos Fundos e como se não bastasse direcionou seus jatos coloridos para uma canoa abandonada.
O fato é que essa arte urbana até então sem rótulos e nem glamour, conquistou cidadania, ganhou status de galeria e mesmo entre paredes tem mantido seu caráter efêmero.
Nascido no Império Romano, renasce na década de 70 em Nova York e no final dessa mesma década é introduzido no nosso país, precisamente em São Paulo, onde foi incrementado com o toque brasileiro até ser reconhecido como um dos melhores do mundo.
“Quero levar a Cozinha pra rua e vice-versa; quero aquela sensação da calçada pra dentro de casa, quero cor no meu concreto, quero personalizar de forma sutil e impactante, quero arte no meu espaço”, comentou Márcio Patrício num bate papo sem compromisso, com seu amigo Jey, em uma de suas idas a São Paulo, enquanto comentava a nova casa.
-Grafita! respondeu Jey. Eu faço pra você.
Foi com esse compromisso, que Flávio Ferraz, mais conhecido como Jey 77, desembarcou essa semana em Cuiabá.
Ele, que é um dos mais respeitados agitadores culturais de São Paulo, fundador da Galeria Grafiteria faz de sua obra uma bela junção entre graffiti e design.
Jey é um pensador da arte que usa formas, cores e traços abstratos para ressaltar os sentimentos de maneira fluída, sem fronteiras ou comportas. Já apresentou sua arte em exposições de Barcelona, Madrid, Estados Unidos e Chile.Aqui no Brasil, fez participações importantes no Museu de Imagem e Som, memorial da América Latina, entre muitas outras. E, agora em Cuiabá!
Benvindo, Jey! A cidade é sua!!! Ops...o muro de casa também!! Assim, Jey foi recepcionado por Marcio Patricio e Dilson Leal, proprietários da Hamburgueria Gourmet Cozinha dos Fundos, enquanto adentrava o hall de desembarque do Aeroporto Marechal Rondon.