Inserir o Legislativo Estadual como líder das discussões e ampliar a participação de Mato Grosso nas decisões da Rota Quadrante Rondon é o foco do Grupo de Trabalho Quadrante Rondon, proposto nesta quarta-feira 2, pelo deputado estadual e presidente em exercício da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, Júlio Campos.
A criação do GT foi lida em Sessão Ordinária e deve contar com a participação dos deputados Júlio Campos, Max Russi, Janaina Riva, Wilson Santos e Valdir Barranco.
O Projeto do Quadrante Rondon é uma iniciativa do Governo Federal e prevê cinco Rotas de Integração Sul-Americana desenvolvidas pelo Subcomitê de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Lançado em 21 de junho 2024, em Cáceres-MT, pelos ministros Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional), e Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), em uma plenária sobre as Rotas de Integração Sul-Americana, a iniciativa prevê 10 Obras do Novo PAC a serem executadas no estado de Mato Grosso já previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA), com recursos do BNDES, e mais US$ 7 bilhões disponibilizados por bancos regionais de desenvolvimento.
“Precisamos lideras as discussões sobre essas obras, exercendo o papel fundamental do legislativo estadual de fiscalizar o executivo, garantindo também que esses projetos tão importantes para o desenvolvimento regional de Mato Grosso e a geração de empregos saiam do papel.”, afirmou o deputado Júlio Campos.
As rotas de integração propostas no Quadrante Rondon têm o duplo papel de incentivar e reforçar o comércio do Brasil com os países da América do Sul e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil e diferentes mercados emergentes da Ásia Pacífico. As Rotas Previstas pelo Governo Federal são: 1. Acre, Peru e Bolívia, 2 Oeste de Mato Grosso – Cáceres e a Bolívia e Cáceres e hidrovia, 3 Noroeste do Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Peru e 4. Rondônia e Bolívia.
“Recentemente pedi na Indicação nº 663/2025 que o governo regulamente a situação das cidades irmãs Cáceres e San Matias (Bolívia). Também tenho defendido a importância de se efetivas os voos internacionais no aeroporto Marechal Rondon. Acredito que com esse GT teremos muitos avanços nessas questões e também nas obras de infraestrutura fundamentais para a integração latino-americana de Mato Grosso”, diz o deputado Júlio Campos.
Os Grupos de Trabalho devem estar organizados em torno de mesas temáticas, envolvendo questões como infraestrutura, transporte, logística, produção, comércio, simplificação dos procedimentos aduaneiros, universidades e turismo, entre outros. A primeira reunião do GT irá acontecer no dia 05 de maio.
As obras debatidas pelo GT são:
A infovia estadual MT conecta os municípios de Juína, Parecis, Brasnorte, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nobres, Pontes e Lacerda, Jauru, Barra de Bugres, Cuiabá, Campo Verde, Jaciara, Rondonópolis, Alto Garças, Barra do Garças e Cáceres. A rede de fibra óptica chega até a fronteira com a Bolívia.
Destacam-se como atrativos turísticos a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, construída em 1730, e a Chapada dos Guimarães. No Aeroporto Marechal Rondon, a concessionária prevê a conclusão das obras de ampliação e modernização do terminal ainda em 2024.21 de jun. de 2024
A ampliação da BR-174 em Mato Grosso, de acordo com o governo federal, representa um investimento necessário na infraestrutura viária. A rodovia integra uma importante área produtiva do noroeste de Mato Grosso com o sul de Rondônia, contribuindo para conectar as cidades de Colniza (MT) e Vilhena (RO).
Cáceres tem cerca de 95 mil habitantes e tem acesso a Cuiabá pela BR-070 e ao município boliviano de San Matías. A cidade também é cortada pela BR-174, que segue para Pontes e Lacerda e Vilhena/RO (540 quilômetros). Cáceres também conta com uma opção hidroviária, pelo Rio Paraguai até Corumbá (MS). O aeroporto, na avaliação do governo federal, é um importante canal de acesso ao Pantanal.
5, e 6 BR-070/174/364
O trecho, segundo o governo federal, facilita o acesso a áreas de produção em Mato Grosso e Rondônia, “contribuindo para a sua dinamização e desenvolvimento”. A obra promove melhoria da infraestrutura em uma região considerada altamente produtiva e exportadora – somente as cidades de Campo Novo dos Parecis (MT), Sapezal (MT) e Vilhena exportaram US$ 3 bilhões em 2023, sobretudo de soja, milho, algodão e carnes.
A BR-163 é considerada pelo governo federal como fundamental para a articulação de uma das regiões agrícolas mais produtivas e exportadoras do Brasil. São 800 quilômetros entre Ouro Branco do Sul (MT) e Sinop (MT), passando por Lucas do Rio Verde (MT) e Sorriso (MT). Em seguida, a carga segue para o norte.
A BR-070 é classificada pelo governo federal como um importante corredor de integração nacional, conectando Brasília com Cáceres ao longo de 1,3 mil quilômetros. A adequação é no trecho em que a rodovia contorna Cuiabá e Várzea Grande, buscando facilitar o fluxo de cargas, acelerar a circulação de veículos e contribuir para aumentar a competitividade dos produtos.
O projeto prevê que a ferrovia, com quase mil quilômetros, conecte Sinop com o Porto de Miritituba, em Itaituba (PA). Seguindo um trajeto similar ao utilizado por caminhões na BR-163.
10. BR-163/MT/PA – Sinop – Miritituba/PA
Este trecho da rodovia, segundo o governo federal, tem a função de escoar grande parte da produção de grãos do Centro-Oeste ao longo de mil quilômetros até o Porto de Miritituba, na cidade de Itaituba (PA), nas margens do Rio Tapajós.