Uma carga de 13 toneladas de produtos de beleza, incluindo grande quantidade de cabelo humano para apliques, foi apreendida no porto de Newark (EUA) na última quarta-feira (1/7).
De acordo com CNN, a carga, avaliada em cerca de R$ 4 milhões, é originária de Xinjiang (China), o que leva autoridades americanas a suspeitarem que o cabelo tenha sido retirado de prisioneiros mantidos em campos de trabalho forçado, não reconhecidos oficialmente por Pequim.
Xinjiang é uma região rural autônoma no noroeste da China onde vivem 11 milhões de uigures, uma etnia predominantemente muçulmana com idioma e cultura próprios e que é maioria na população local.
Porém os EUA estimam que mais de 1 milhão de uigures sejam mantidos em campos criados pelo regime comunista onde sofreriam abusos, seriam submetidos a tratamentos experimentais e passariam por doutrinação política.
"A produção desses artigos constitui uma violação muito séria dos direitos humanos", disse Brenda Smith, executiva da US Customs and Border Protection, órgão que faz o controle das fronteiras americanas.