Vence hoje (30) o prazo final dado pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, para conclusão e entrega da parte funcional do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Porém, a obra de construção da nova ala segue inacabada e o que é pior, não tem data para ser entregue. 

Em sua última visita à Capital, o ministro Moreira Franco exigiu a entrega da obra até o final de abril considerando o tempo hábil para que a diretoria operacional da Infraero tenha condições de organizar o funcionamento do terminal em sua nova estrutura para atender à demanda da Copa do Mundo, adequando o fluxo de passageiros e toda a logística a padrões internacionais de qualidade. 

Na última segunda-feira (28), pesquisa realizada sobre os principais aeroportos do país revelou o Marechal Rondon como o pior do Brasil. A pesquisa levou em consideração os serviços prestados pelo local e dificuldade de acesso às unidades. 

Atualmente a obra está com aproximadamente 70% da execução concluída. Conforme a assessoria da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), no último dia 24 de abril, venceu o aditivo de prazo dado pela secretaria. O Consórcio Marechal Rondon, responsável pela execução da obra, pediu outra prorrogação, porém o documento ainda está em análise na Secopa. 

Conforme a secretaria, a parte interna do novo terminal de passageiros está em fase de acabamento, com a instalação de janelas de alumínio, venezianas, louças nos sanitários, vidraças, assentamento de pisos de granito, de pastilhas de cerâmica nos reservatórios de água, do pavimento intertravado na área do estacionamento e o calçamento em frente ao terminal. A Secopa informou que os equipamentos para a rede de energia já se encontram no local, porém a instalação ainda não foi iniciada. 

De acordo com Robério Garcia, presidente do Consórcio, até o final de maio a parte nova do aeroporto estará concluída. Porém, ele não tem definição sobre o término total da obra, já que o governo não confirmou se a reforma vai continuar durante o mundial. Para Robério, muitos fatores foram os responsáveis pelos atrasos. Desde a falta de organização no início do projeto, que começou a ser executado durante o período chuvoso, até atrasos da Infraero. “A Infraero atrasou a entrega dos projetos diversas vezes, eles tinham que entregar uma medição em fevereiro, mas não cumpriram o prazo fixado. Ainda ficamos à mercê de outras situações, já que obras também precisavam ser feitas pela prefeitura e outros órgãos”. 

O presidente afirmou que 15% dos serviços do Consórcio foram trabalhos não previstos, porque o projeto só foi detalhado durante a execução. Ele também criticou a falta de reajuste da construção, que vai onerar o Consórcio em mais de R$ 10 milhões. 

Obras do Aeroporto - As obras de ampliação e reforma do Aeroporto Marechal Rondon foram licitadas por R$ 77 milhões, mas o valor final deverá chegar a R$ 115 milhões.