O preço médio da carne ao consumidor cresceu 17,26% em julho de 2015 em relação ao mesmo mês em 2014. Os dados foram divulgados nesta semana no boletim semanal de Bovinocultura de Corte do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Nesse período de um ano, de 11 de julho de 2014 para 10 de julho de 2015, o preço da arroba do boi teve um aumento de 19,44%, passando de R$ 110,76 para R$ 132,30, conforme dados do Imea.
O consumidor César Oliveira compra carne há 30 anos em um mesmo açougue e, com o aumento dos preços, diminuiu o produto nas refeições da família. “Geralmente não falta a carne, não pode faltar, mas agora comemos três vezes na semana. Nos outros dias, comemos outra mistura, vegetais, frango”, conta.
No açougue de Diego Mattozo, a preferência do consumidor se voltou para a compra de carne de segunda, como a paleta e o acém. Para ele, são sinais de que o consumidor está mais precavido com tantas notícias sobre crise econômica no país. “O próprio consumidor se retrai com medo da crise, ele começa a se preparar para o que pode vir pela frente”, afirma.
O volume de carne bovina vendido pelo açougue dele, que compra a carcaça inteira para desossar, caiu nos últimos dois meses. “Se antes cortávamos 8 vacas por dia, hoje estamos cortando 6”, diz Mattozo.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas, as vendas de carcaça bovina feitas pelos frigoríficos caíram no Estado de uma maneira geral. “Todo mundo está comprando menos, houve uma redução de cerca de 10% na venda de carne pelos frigoríficos”, afirma.