Em busca de transparência, empresas investem em compliance

Você sabe o que é compliance? O termo, na tradução do inglês, quer dizer conformidade. Na prática, designa o conjunto de medidas adotadas por uma empresa para se manter alinhada às regras, internas ou externas, principalmente no que diz respeito ao combate a fraudes e à corrupção. Seu significado, contudo, está cada vez mais associado à ética.   

Até 2020, a previsão é que 51% dessas pequenas e médias passem a adotar políticas de compliance nos negócios.  A disseminação do compliance é fruto da sofisticação das leis de controle da moralidade administrativa no país. A Lei Anticorrupção, de 2013, responsabilizou as pessoas jurídicas por atos ilícitos contra o poder público e previu a responsabilidade solidária entre empresas.

O vice-presidente do Grupo Piran, especializado em factoring, Valdir Piran Júnior, explica que a adoção de novas regras de conformidade traz um novo modelo de gestão e atuação das empresas no país. O Grupo Piran acaba de contratar o renomado escritório de advocacia carioca, Mirza e Malan,  para elaborar o seu programa de compliance de lavagem de dinheiro.

"As novas regras de transparência e ética passam por todos os níveis das empresas. É um novo modelo de atuação, onde buscamos adequação. Todos os setores passam por treinamento, é uma mudança total  e obrigatória do modelo de trabalho", afirma.

Mesmo com setor responsável, o compliance passa por todos os envolvidos na organização. Para isso, é fundamental que se elabora um documento de boas práticas que regule as ações dos colaboradores como por exemplo:

- elaboração de um código de conduta ética;

- criação de um comitê de ética para analisar possíveis atos de corrupção;

- controle interno e auditoria;

- comunicação institucional regular, com canal de denúncias;

- integridade e transparência no controle e divulgação de informações contábeis e financeiras.