Economia Segunda-Feira, 09 de Junho de 2025, 23h:55 | Atualizado:

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SAFRA PODRE

Grupo em crise dá calote de R$ 2 milhões em energia; empresa reassume fábrica em Cuiabá

Safras perdeu controle de unidade

Da Redação

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FABRRICA SAFRAS

 

Em cumprimento à sentença da 1ª Vara Cível de Cuiabá, foi realizada na última semana a reintegração de posse da unidade industrial conhecida como “Fábrica Cuiabá”, em favor daCarbon Participações Ltda.A medida foi determinada após o reconhecimento, pelo Judiciário, degraves violações contratuais cometidas pela Allos Participações Ltda, antiga arrendatária do imóvel, e da perda de controle da operação fabril, que havia sido repassada àSafras Agroindústria, de forma considerada irregular e sem autorização judicial. 

Segundo relato dos oficiais de Justiça responsáveis pelo cumprimento da ordem,a fábrica foi encontrada em estado de abandono, sem energia elétrica e sem abastecimento de água.  O gerente comercial da Safras, Cléber Bedin, informou que a energia havia sido cortada pela concessionária Energisa devido à inadimplência de faturas, inclusive de um acordo de renegociação no valor de aproximadamenteR$ 2 milhões, cujo descumprimento gerou a suspensão do fornecimento. 

Diante da situação,os trabalhadores foram dispensados pelo Grupo Safras, que justificou a decisão tanto pela ordem de reintegração quanto pelas condições precárias de operação. Com o corte de energia, também cessou o funcionamento das bombas que abastecem a caixa d’água, impossibilitando o uso de banheiros e instalações básicas. 

Durante a vistoria no pátio de caminhões da unidade, os oficiais e representantes da Carbon identificarammais de 60 veículos parados, alguns desde o dia 31 de maio, aguardando emissão de notas fiscais ou liberação de carga.Caminhoneiros relataram que a empresa se recusava a emitir documentos fiscais e registros de pesagem, causando atrasos e aglomeração.

Além disso, denunciaramcondições sanitárias extremamente precárias, com banheiros sujos, lixo acumulado e ausência total de assistência, o que classificaram como"tratamento desumano".  Nos dias 3 e 4 de junho,não houve qualquer iniciativa por parte da Safras Agroindústria para desocupar o local, reforçando, segundo o relatório oficial,a total ausência de interesse na continuidade das operações e o abandono efetivo da planta industrial. 

A decisão que fundamentou a reintegração foi proferida pelo juiz Márcio Aparecido Guedes em 20 de maio. Na sentença, o magistrado reconheceu a existência deinadimplementos contratuais essenciais, perda da posse e do controle da unidade fabril pela Allos, além de subarrendamento à Safras feito sem autorização judicial — elementos quefrustraram os objetivos do Plano de Realização Extraordinária de Ativos (PREA)e colocaram em risco a satisfação dos credores da massa falida da Olvepar S.A., sucedida pela Carbon. 

A reintegração assegura à Carbon o controle da Fábrica Cuiabá e todos os seus bens móveis e equipamentos, comproibição expressa de qualquer atividade operacional ou administrativa durante o processo de desocupaçãoSegundo representantes da Carbon que acompanharam a reintegração, com a posse restabelecida, espera-se que a unidade passe por processo de reestruturação sob nova gestão, visando a retomada da finalidade econômica do ativo e a consequente liquidação dos créditos devidos aos credores da antiga massa falida. 

A Carbon informou ainda que está realizando a distribuição de cestas básicas aos funcionários da indústria. Destacou também que está promovendo a contratação dos trabalhadores interessados, desde que apresentem a carteira de trabalho com a respectiva baixa devidamente registrada pela Safras. O grupo está com a recuperação de R$ 2,2 bilhões suspensa pela suspeita de fraude.

 





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Comentários (3)

  • A CONTA SERÁ DA POPULAÇÃO MAIS UMA VE

    Terça-Feira, 10 de Junho de 2025, 12h16
  • A inadimplencia do pagamento de energia eletrica ficara para os demais consumidores pagarem, já que a concessionaria não perde. Todos que consomem enegia pagaram uma cota. Agora, se fosse um pobre, a primeira conta de R$ 200,00 que não pagasse, seria cortada a energia. Como é uma empresa a conta vai aos milhões, para depois dividir a dívida com a população pobre.
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  • Lindomar Carneiro Silva

    Terça-Feira, 10 de Junho de 2025, 09h27
  • Quem são os advogados que conduzem a RJ desse grupo ?
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  • FAZ O L !

    Terça-Feira, 10 de Junho de 2025, 06h43
  • Agro é Golpe !
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