Economia Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 07h:35 | Atualizado:

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CORRUPÇÃO

Hospitais revelam "expulsões ilegais" e prevêem rombo maior que R$ 400 milhões

Sindicato lembra que antiga diretoria gerou pânico

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat) publicou uma nota sobre a operação “Bilanz”, da Polícia Federal, que prendeu os ex-gestores da Unimed Cuiabá na última quarta-feira (30 de outubro). As investigações apontam para uma fraude contábil e financeira de R$ 400 milhões na operadora de planos de saúde.

No texto, distribuído na última sexta-feira (1º de novembro), o grupo de empresas denuncia que os rombos na Unimed Cuiabá podem ultrapassar os R$ 400 milhões e que as prestadoras de serviços em saúde são “reféns” da operadora. “O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores, que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá, por ser a sua maior fonte pagadora - dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital”, revela a nota.

O Sindessmat também lembra que vem denunciando as supostas irregularidades na Unimed Cuiabá desde o ano de 2020, que um ano antes, em 2019, já vinha reduzindo o valor pago  aos prestadores de serviço. “A diretoria do Sindessmat, em março de 2020, levou até a sede da Agência Nacional de Saúde – ANS uma denúncia com robustez de provas dos atos abusivos que eram cometidos pela Unimed Cuiabá. Desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassassem o teto por ela definido”, lembra o Sindessmat.

O Sindicato se queixa ainda de que o rombo ocorreu “as custas do não pagamento aos prestadores”. Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o quadriênio de 2019-2023 foi marcado por um “modelo de governança”, implantado pelos então presidente, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, e a diretora administrativo-financeira, Suzana Aparecida Palma.

A nova gestão tinha o objetivo de concentrar e “maquiar” informações contábeis, além de pagamentos, que teriam resultado no déficit de R$ 400 milhões. Rubens e Suzana tiveram a “assessoria” da advogada Jaqueline Proença Larrea Mees, apontada como a “grande autora intelectual do esquema de fraude contábil na Unimed Cuiabá”.

O time de fraudadores era completado pelo ex-CEO da Unimed, Eroaldo de Oliveira, sua assessora, Tatiana Gracielle Bassan Leite e a superintendente administrativo-financeira, Ana Paula Parizotto. O grupo foi preso na última quarta-feira pela PF, que deflagrou a operação "Bilanz", mas já se encontra solto. 

ÍNTEGRA DA NOTA

Nota sobre a operação da Polícia Federal que investiga a ex gestão da Unimed Cuiabá

O Sindessmat na qualidade de representante das empresas que prestam serviços aos usuários da Unimed Cuiabá relembra que os prestadores foram duramente penalizados pelos atos cometidos pela gestão anterior da cooperativa, e que culminou na operação deflagrada essa semana. Tais condutas já vinham sendo alertadas e já eram objeto de denúncias por este sindicato desde 2020.

Em um breve retrospecto a diretoria do Sindessmat, em março de 2020, levou até a sede da Agência Nacional de Saúde – ANS uma denúncia com robustez de provas dos atos abusivos que eram cometidos pela Unimed Cuiabá, ressaltando em reunião realizada com a diretoria da ANS que os atos praticados geravam não só prejuízos aos seus associados quantos aos próprios usuários do plano.

Desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassassem o teto por ela definido, fazendo com que as empresas, para garantir o atendimento dos usuários da Unimed, ficassem sem receber por todos os serviços efetivamente prestados. O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores, que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá, por ser a sua maior fonte pagadora - dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital.

Para promover o desvio denunciado era preciso fazer caixa e esse caixa foi feito em grande parte as custas do não pagamento aos prestadores. Foram inúmeras as denúncias na ANS, ao Conselho Fiscal da Unimed Cuiabá, além de denúncia protocolada no Ministério Público, propositura de uma ação judicial, além de comunicados de alerta aos cooperados e denúncias à imprensa.





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Comentários (12)

  • Ana VG

    Quarta-Feira, 06 de Novembro de 2024, 21h32
  • Os vagabundos que lesaram os clientes da Unimed soltou é um tapa na cara de quem se sacrifica pra pagar seu plano. Ser bandido nesse país vale a pena mesmo, até porque alguns ainda viram juízes no TJ. Chega a dar vergonha de ser honesto, tudo do avesso
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  • Idvaldo

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 17h49
  • O atual presidente do sindicato e padrasto de um atual diretor , cometeu crime na gestão anterior e tem um rabo preso grande ! Dr Altino toma vergonha na cara
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  • Paulo

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 16h42
  • Os atuais gestoras foram conselhos fiscais da antiga gestão , sendo o presidente com ligação direta com o Santa Rosa que foi privilegiado neste balanço ( que vai ser revisto ) , além do senhor sano ligação direta com a oncomed e privilegiada ! Além do senhor Ratto que vendeu o serviço de nefro e está privilegiando ! A perícia da PF vai mostrar muitas coisas ! A antiga gestão já está sendo investigada e no mesmo dia liberada ! Aguardar !
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  • Bruno

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 15h44
  • Pesquisei na internet que a Unimed Cuiabá tem 212 mil beneficiarios. E creio que a mensalidade média seja R$ 400, e arrecadaria R$ 84 Milhões por mês. Se ela economizar 10% ao ano, paga a dívida com juros em 5 anos. Alguém sabe dos gastos, pra confirmar que ela não vai falir ou piorar muito a qualidade?
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  • eleitor atento

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 12h38
  • Enquanto isso eles alem que o idoso que pagou mais de 30 anos tá quebrando o plano.
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  • Ricardo Lopes

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 10h11
  • Quadrilha de safados e tranbiqueiros... pena que moram no brasil e aqui eles vão pagar e ficar livres. Arrogantes e perseguiram todos que foram contra eles ou que exijiam transparencia. Rubens é um ser vaidoso e repugnante. Que sofram TODAS as consequencias possíveis.
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  • Maurício

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 10h05
  • E quem.paga a conta é população paga um plano de saúde para um bando de ladrões vem posar de bacana com dinheiro doa outro a justiça tem que tomar tudo os patrimônio desse povo e casar o diploma dele deixar só com a cueca do corpo chegou a época de precisar fazer um exame a Unimed não liberava o dinheiro tava indo no bolsa dessa quadrilha aí e pior que facção nem doente esse pivô respeita..
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  • Unimed

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 09h44
  • Se o Sindicato denunciou ao Conselho Fiscal, por quê não tomaram providências?
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  • Juarez

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 09h25
  • A atual esta gerando tambem E beneficiando seus amigos Hospitais exclusivos, valores diferenciados. Mudou apenas o maestro a musica e a mesma. Unimed esta falida! Saiam enquanto ha tempo!
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  • cidadao

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 09h04
  • Enquanto isso, justiça do trabalho quebrando pequenas empresas,,,,justi$$a lixo
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  • Luz

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 08h58
  • Fraudam 400 milhões e estão soltos? Depois do escândalo de vendas de sentenças como que vamos acreditar em justiça nesse Estado? Enquanto tem gente pegando 17 anos por defecar no banheiro do STF, tem outros soltos no dia seguinte depois de sumir com 400 milhões, como assim?
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  • RRsoares

    Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 08h16
  • TEm que investigar um "AMIGO" DO RUBENS, COLADO, VIVIA FAZENDO CHURRASCO PARA O RUBENS, ESTAVAM JUNTOS EM SHOWS, REFORMOU A CASA INTEIRA, METIDO A RICO. PF INVESTIGUEM ESSE AMIGO QUE VAI SAIR MUITA COISA.
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