O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat) publicou uma nota sobre a operação “Bilanz”, da Polícia Federal, que prendeu os ex-gestores da Unimed Cuiabá na última quarta-feira (30 de outubro). As investigações apontam para uma fraude contábil e financeira de R$ 400 milhões na operadora de planos de saúde.
No texto, distribuído na última sexta-feira (1º de novembro), o grupo de empresas denuncia que os rombos na Unimed Cuiabá podem ultrapassar os R$ 400 milhões e que as prestadoras de serviços em saúde são “reféns” da operadora. “O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores, que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá, por ser a sua maior fonte pagadora - dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital”, revela a nota.
O Sindessmat também lembra que vem denunciando as supostas irregularidades na Unimed Cuiabá desde o ano de 2020, que um ano antes, em 2019, já vinha reduzindo o valor pago aos prestadores de serviço. “A diretoria do Sindessmat, em março de 2020, levou até a sede da Agência Nacional de Saúde – ANS uma denúncia com robustez de provas dos atos abusivos que eram cometidos pela Unimed Cuiabá. Desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassassem o teto por ela definido”, lembra o Sindessmat.
O Sindicato se queixa ainda de que o rombo ocorreu “as custas do não pagamento aos prestadores”. Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o quadriênio de 2019-2023 foi marcado por um “modelo de governança”, implantado pelos então presidente, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, e a diretora administrativo-financeira, Suzana Aparecida Palma.
A nova gestão tinha o objetivo de concentrar e “maquiar” informações contábeis, além de pagamentos, que teriam resultado no déficit de R$ 400 milhões. Rubens e Suzana tiveram a “assessoria” da advogada Jaqueline Proença Larrea Mees, apontada como a “grande autora intelectual do esquema de fraude contábil na Unimed Cuiabá”.
O time de fraudadores era completado pelo ex-CEO da Unimed, Eroaldo de Oliveira, sua assessora, Tatiana Gracielle Bassan Leite e a superintendente administrativo-financeira, Ana Paula Parizotto. O grupo foi preso na última quarta-feira pela PF, que deflagrou a operação "Bilanz", mas já se encontra solto.
ÍNTEGRA DA NOTA
Nota sobre a operação da Polícia Federal que investiga a ex gestão da Unimed Cuiabá
O Sindessmat na qualidade de representante das empresas que prestam serviços aos usuários da Unimed Cuiabá relembra que os prestadores foram duramente penalizados pelos atos cometidos pela gestão anterior da cooperativa, e que culminou na operação deflagrada essa semana. Tais condutas já vinham sendo alertadas e já eram objeto de denúncias por este sindicato desde 2020.
Em um breve retrospecto a diretoria do Sindessmat, em março de 2020, levou até a sede da Agência Nacional de Saúde – ANS uma denúncia com robustez de provas dos atos abusivos que eram cometidos pela Unimed Cuiabá, ressaltando em reunião realizada com a diretoria da ANS que os atos praticados geravam não só prejuízos aos seus associados quantos aos próprios usuários do plano.
Desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassassem o teto por ela definido, fazendo com que as empresas, para garantir o atendimento dos usuários da Unimed, ficassem sem receber por todos os serviços efetivamente prestados. O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores, que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá, por ser a sua maior fonte pagadora - dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital.
Para promover o desvio denunciado era preciso fazer caixa e esse caixa foi feito em grande parte as custas do não pagamento aos prestadores. Foram inúmeras as denúncias na ANS, ao Conselho Fiscal da Unimed Cuiabá, além de denúncia protocolada no Ministério Público, propositura de uma ação judicial, além de comunicados de alerta aos cooperados e denúncias à imprensa.
Ana VG
Quarta-Feira, 06 de Novembro de 2024, 21h32Idvaldo
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