Economia Segunda-Feira, 28 de Fevereiro de 2022, 11h:00 | Atualizado:

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INQUILINO DE BICHEIRO

Justiça manda revendedora de carros depositar aluguéis em conta judicial

Penhora foi movida em ação movida pela União contra ex-comendador

WELINGTON SABINO
Da Redação

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A Justiça Federal em Mato Grosso expediu intimação para a Rivenditori Lavagem de Automóveis e Conveniência Ltda, empresa que comercializa carros de luxo e oferece serviços automotivos, situada na Avenida Miguel Sutil, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, para que recolha numa conta judicial os valores de aluguel destinados ao empresário e bicheiro João Arcanjo Ribeiro. A penhora dos alugueis foi determinada numa ação de execução de sentença movida pela União.  

O processo tramita desde maio de 2013 na 4ª Vara Federal de Cuiabá, sob o juiz Pedro Francisco da Silva. Conforme publicações nos autos, a ação de execução tinha valor de R$ 2,3 milhões, atualizado até agosto de 2013.

Conforme a intimação expedida à responsável pela empresa, ela deve “providenciar abertura de conta judicial vinculada a este juízo e a esta execução fiscal, na Caixa Econômica Federal (Agência 2317 – PAB Justiça Federal) e assim promover os depósitos regulares referentes aos valores de aluguéis, a partir da data do recebimento desta intimação, que eram pagos ao Sr. João Arcanjo Ribeiro, nesta nova conta”.

João Arcanjo tem condenações por crimes contra o sistema financeiro, homicídios e porte ilegal de armas. No polo passivo da ação de execução, são dezenas de empresas de João Arcanjo que figuram como alvos da execução.

No rol de empreendimentos atingidos pela penhora estão empresas de fomento mercantil, estacionamentos, distribuidora de combustíveis, construtora de edifícios, factorings, off shores, além de familiares do bicheiro, a exemplo de sua filha Kely Arcanjo Ribeiro Zem e seu esposo, Giovanni Zem Rodrigues, administrador de vários empreendimentos de Arcanjo, principalmente nos anos que o bicheiro esteve preso em diferentes penitenciárias federais do Brasil.

IMPÉRIO

João Arcanjo Ribeiro construiu um império de que incluía até um hotel em Orlando, nos Estados Unidos, fazendas, jato particular, apartamentos e diversas empresas. A partir da década de 80 quando chegou a Cuiabá – ele nasceu em Jeroaquara (GO) -, passou a ter prestígio político e empresarial sendo agraciado pela Assembleia Legislativa com o título de “comendador”.  Em 2006 o império financeiro de Arcanjo superava a cifra de R$ 1,2 bilhão em patrimônio, conforme estimativas do Ministério Público Federal (MPF).

Segundo o Ministério Público Federal, Arcanjo controlava o jogo do bicho que levava a marca Colibri e um cassino clandestino, além de ter criado diversas factorings e um esquema de agiotagem que abastecia dezenas de políticos com recursos para serem utilizados campanhas eleitorais.

Em 2002, a Polícia Federal deflagrou a Operação Arca de Noé para desarticular os esquemas de corrupção na Assembleia Legislativa de Mato Grosso com a participação direta de João Arcanjo. Naquela ele fugiu para o Uruguai, onde acabou preso em 2003 e por lá ficou detido até ser extraditado para o Brasil em março de 2006.  Ainda em 2003, o então juiz federal Julier Sebastião Silva condenou Arcanjo a 37 anos de prisão e decretou a perda de seus bens.





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Comentários (1)

  • Celina

    Segunda-Feira, 28 de Fevereiro de 2022, 13h43
  • É tanta perseguição nesse homem que ajudava muitas pessoas humildes a colocar comida na mesa. Quero ver quando isso vai parar.
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