O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia Bezerra, revogou a prisão de Diego Rodrigues Assunção, acusado de fazer parte de uma quadrilha que se apresentava como representante de uma política pública do Governo Federal para a venda de antenas a pessoas de baixa renda. A organização criminosa aproveitava o “negócio” para obter dados pessoais de idosos, que acabavam tendo suas aposentadorias desviadas pelo bando no golpe.
A decisão do juiz foi publicada nesta quarta-feira (8). Nos autos, o juiz entendeu que Diego tinha uma participação menor na organização criminosa, sendo apenas responsável pelo aluguel de veículos utilizados no deslocamento do bando para aplicar o golpe nas vítimas.
Mesmo fora da prisão, o acusado terá de cumprir outras medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. “No presente caso, é possível verificar que as circunstâncias fáticas do crime imputado ao paciente e aos corréus são as mesmas, bem como as condições pessoais do paciente lhe são benéficas, sendo, por esta razão, perceptível a similitude objetiva e subjetiva entre eles, não havendo razão para tratamento diferenciado no que concerne à prisão cautelar. Apesar disso, somente Diego teve sua prisão preventiva decretada, sem que a denúncia ou as provas dos autos demonstrem qualquer fato que justifique tratamento diferenciado”, analisou o magistrado.
O suposto líder da organização criminosa, identificado como Fernando da Silva Cruz, também pediu a revogação de sua prisão, porém, o juiz Jean Garcia Bezerra manteve o cárcere. As investigações revelam que os suspeitos realizavam as contratações fraudulentas de empréstimos consignados descontados dos benefícios previdenciários dos idosos.
As contratações foram todas realizadas pelo prazo de 84 meses e resultou, para as vítimas de Cuiabá, em um prejuízo de R$ 1,5 milhão. Com os elementos levantados durante as investigações, a Polícia Civil conseguiu suspender os descontos indevidos que eram realizados nos benefícios previdenciários de 30 vítimas, que estavam enfrentando dificuldades financeiras em virtude do não recebimento integral de seus benefícios.
O escritório de golpes era sediado em uma empresa localizada na Avenida Mato Grosso, em Cuiabá, pertencente ao suposto líder da organização criminosa.
Flavinho
Sexta-Feira, 10 de Janeiro de 2025, 16h48Este golpe é muito comum!!
Quinta-Feira, 09 de Janeiro de 2025, 06h55