Economia Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 13h:47 | Atualizado:

Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 13h:47 | Atualizado:

IRRIGAÇÃO

Midia nacional destaca potencial de MT

 

Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

HUGO GARCIA

 

Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil, desponta como referência nacional no avanço da irrigação como estratégia para elevar a produtividade agrícola e garantir segurança alimentar. Embora apenas 10% da área cultivável do estado conte atualmente com sistemas de irrigação, o potencial de expansão é enorme e estratégico tanto para o abastecimento interno quanto para as exportações. 

Reportagem exibida nesta sexta-feira (30) pela Jovem Pan News abordou a vocação de Mato Grosso para o agronegócio e do potencial produtivo no Estado para a irrigação como alternativa como forma para driblar condições climáticas desfavoráveis, como chuvas irregulares. O jornalista Marcelo Matos entrevistou sobre o assunto o presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Hugo Garcia. 

Hugo Garcia destacou que a irrigação é um dos pilares para enfrentar os desafios do clima frente à estiagem e garantir estabilidade na produção. “A irrigação garante uma primeira safra, garante a segunda safra por falta de chuva e te dá uma alternativa. Mato Grosso, por exemplo, tem uma terceira safra: é o único estado do país que pode ter três safras, através da irrigação é o Mato Grosso”, declarou o presidente. 

Indicadores do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comprovam que o estado se consolida como um dos maiores exportadores de soja, milho e feijão do mundo. Por isso a irrigação é uma oportunidade para manter liderança nacional do estado sem comprometer os recursos naturais.  

A reportagem apontou ainda que em um cenário global de mudanças climáticas e demanda crescente por alimentos, Mato Grosso dá um passo à frente ao investir em irrigação como ferramenta de estabilidade produtiva e sustentabilidade. Uma estratégia que une tecnologia, responsabilidade ambiental e geração de valor para todo o Brasil. 

“Temos em Mato Grosso quatro aquíferos e um volume muito grande de água. Dizer que irrigação acaba com a água não é verdade. Se você analisar que toda a área irrigada do Brasil consome 0,48% do volume de água do nosso território, então não é esse o problema que vai acabar com a água. Somos sabedores que água se recicla. Todo ano ela se renova. Tem as chuvas, tem essa água entrando novamente para o lençol freático. É para isso que serve a irrigação: o uso sustentável para trazer uma segurança econômica para o agro”, explicou Hugo Garcia. 

A matéria relaciona o fortalecimento da agricultura familiar com a irrigação, tema tratado como uma prioridade na estratégia da Aprofir. Segundo a entidade, mais de 70% dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros vêm da agricultura familiar. Para esse segmento, a irrigação não apenas garante maior produtividade, mas também contribui para a permanência das famílias no campo, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico das regiões rurais. 

“A única salvação dos pequenos agricultores é a irrigação. Como é que você vai pegar um agricultor familiar que tem um módulo de 10 hectares, 20 hectares, e falar para ele plantar soja, milho, feijão? Ele não vai ter renda suficiente para se manter o ano. Agora, se ele se dedicar à fruticultura, que é um produto de alto valor agregado, ele vai ter renda”, defendeu.  

Hugo Garcia citou como exemplo o Rota das Frutas, programa da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) executado em Brasília, cujas famílias se dedicam à fruticultura. “Lá, os agricultores estão plantando mirtilo (blueberry). Sabe quanto faturam no cultivo do mirtilo por hectare? Em torno de um milhão ou um milhão e meio de reais por hectare. Então, nós temos que procurar produtos de alto valor agregado para a agricultura familiar”, concluiu o presidente da Aprofir. 





Postar um novo comentário





Comentários (1)

  • paulo

    Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 14h54
  • A água está escassa no subsolo devido às outorgas autorizadas sem a devida acurácia pela SEMA, a região que não está escassa está contaminada pelas toneladas de agrotóxicos lançados no solo.
    0
    0











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet