A disputa pelo comando da Federação Matogrossense de Futebol (FMF) segue agitada nos bastidores da eleição para o próximo mandato. No último sábado, dia 03 de maio, o pleito foi suspenso em cima da hora por decisão judicial e posteriormente remarcado pela entidade para ocorrer no dia 10 de maio.
A eleição seria concorrida pelo atual presidente Aron Dresch, que lidera a chapa "Progresso no Futebol" e tenta sua reeleição, além do presidente do Mixto SAF, João Dorileo Leal, que encabeça a chapa "Federação para Todos".
A decisão que suspendeu a eleição foi assinada pela juíza Glenda Moreira Borges, do plantão cível da capital. A magistrada atendeu a um pedido de tutela de urgência protocolado pela Associação Camponovense Celeiro de Futebol (ACCF), que apontou irregularidades no processo eleitoral.
A FMF recorreu da decisão, porém não teve aprovação para o pleito ocorrer ainda no sábado passado, tendo que remarcar a votação.
Em nota no início da noite de sábado, a FMF afirmou que nova data da eleição foi agendada após um acordo firmado pela maioria dos clubes durante Assembleia Geral realizada na tarde de sábado.
Na ata, ficou estabelecida a ratificação de todos os atos do processo eleitoral até o momento; inclusão da ACCF no colégio eleitoral; definição de nova data para o exercício do voto; retirada de todas as medidas judiciais e extrajudiciais propostas por ambas as chapas e seus representantes; formação de nova comissão eleitoral composta por três membros, sendo um representante da FMF (já designado como presidente) e um representante de cada chapa, com prazo até 07/05 para indicação.
Ainda conforme a entidade, apesar de terem participado de todas as discussões e votações, representantes da chapa “Federação para Todos” e da ACCF recusaram-se a assinar a ata, mesmo após prazo concedido pela presidência da mesa. Na mesma ocasião, a chapa “Federação para Todos” anunciou sua retirada do processo eleitoral.
"Todos os atos foram devidamente registrados em áudio e vídeo e a ata lavrada tem força de transação, podendo ser levada ao conhecimento do Poder Judiciário e demais órgãos competentes", diz trecho da nota da FMF.
O setor jurídico da chapa "Federação para Todos" diz não reconhecer a legitimidade da remarcação da disputa pelo pleito da FMF no dia 10 de maio.