Esporte Segunda-Feira, 08 de Agosto de 2016, 16h:20 | Atualizado:

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OLIMPÍADAS

Judoca dá ao Brasil 1ª medalha de ouro na Rio 2016

 

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Foi sangrando, foi tenso, mas foi a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O ouro é de uma carioca, nascida em uma favela e que começou a lutar em um projeto social. Rafaela Silva é a nova campeã dos leves (57kg) do judô, após bater a mongol Sumiya Dorjsuren, atual líder do ranking mundial, nesta segunda-feira (08).

"Para uma criança que saiu da comunidade com cinco anos e começou no judô por brincadeira é demais. Eu dedico a todo mundo", disse à Rede Globo após a conquista. 

Com sua família e amigos nas arquibancadas, Rafaela cresceu com a vibração do público e conseguiu reverter um histórico incomodo: em cinco lutas contra a asiática, tinha vencido apenas uma vez, no ano passado. 

Na Arena Carioca 2, Rafaela Silva conseguiu um wazari sobre a mongol e levou a luta até o final atacando e até mesmo deixando de atacar algumas vezes, o que rendeu duas penalidades, aumentando ainda mais a tensão. 

Aos 26 anos, Rafaela saiu da Cidade de Deus, a comunidade carente e violenta que ficou famosa com o filme de Fernando Meireles, para se tornar a melhor judoca que o Brasil já teve. Em 2013, ela foi campeã mundial, também em sua casa, no Rio de Janeiro. Nenhum outro judoca do país tem títulos olímpicos e mundiais. Sarah Menezes, Aurélio Miguel e Henrique Guimarães têm ouros olímpicos, mas nunca venceram Mundiais. João Derly (duas vezes), Tiago Camilo, Luciano Correa e Mayra Aguiar tem o Mundial, mas não o ouro olímpico.

A história da judoca começou em uma academia montada em sua rua, quando tinha oito anos e seus pais buscavam uma atividade para acalmar a menina brigona. O destino fez com que Geraldo Bernardes, o técnico de Flavio Canto, medalhista de bronze dos Jogos de Atenas-2004, se interesse pela garota. Ela foi treinar no Instituto Reação, que Bernardes e Canto criaram para ensinar judô em comunidades carentes.

Em 2008 o trabalho já dava resultado, com o título mundial sub-20. Em 2009, foi a melhor brasileira no Mundial de Roterdã, com um quinto lugar. Em Londres-2012, porém, ela quase deixou o esporte. Eliminada por tentar um golpe ilegal, ela foi bombardeada com mensagens racistas em redes sociais. Reagiu. Quando chegou no Brasil, queria abandonar o esporte.

A família, Bernardes, Canto e uma psicóloga não deixaram. No ano seguinte, ela já era campeã mundial e líder do ranking da Federação Internacional de Judô. Nos últimos três anos, subiu ao pódio em quase todos os torneios que disputou. A primeira medalha do judô na Rio-2016 não poderia vir de uma candidata melhor.

 





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Comentários (2)

  • alexandre

    Terça-Feira, 09 de Agosto de 2016, 12h25
  • belo exemplo para nossa Juventude que idolatra MCs adolescentes..., ela soube dar a volta por cima...
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  • Renato

    Segunda-Feira, 08 de Agosto de 2016, 17h36
  • Nascida na pobreza enfrentanto dificuldades nem por isso virou prostituda( nada contra), não se iveredou pelo mundo das drogas hoje é uma vencedora.
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