Esporte Sexta-Feira, 04 de Abril de 2014, 01h:23 | Atualizado:

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Mãe aponta empresa negligente e quer R$ 1 mi de indenização

 

Terra

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A mãe de Fabio Hamilton da Cruz, operário que morreu no sábado após queda nas obras do estádio do Corinthians, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira e afirmou que irá pedir indenização de R$ 1 milhão pela morte do filho. Segundo Sueli Rosa Dias, 45 anos, as empresas responsáveis pela construção da arena – sede de São Paulo na Copa do Mundo de 2014 – foram negligentes.

“O Fabio já tinha reclamado da segurança. Pediram a eles (operários) para colocar uma barra (longitudinal, de proteção). Ele vinha reclamando sempre. Disse até que outro operário perdeu os dedos”, declarou Sueli, que não acredita em negligência do filho. Fabio morreu após sofrer uma queda de 8 m de altura de uma das estruturas provisórias do estádio.

“Não acredito em negligência dele. Ele era cuidadoso, e vinha sempre falando que não dava para andar lá em cima. Eles (empresas responsáveis pela obra) não querem assumir a responsabilidade. Por que agora eles querem instalar a tal rede de proteção? Se tivesse a rede, ele não tinha morrido”, cobrou.

Em um primeiro momento, o advogado da mãe de Fabio, Ademar Gomes, diz que pretende processar a Fast Engenharia, a WDS e a Odebrecht.

A Odebrecht alega, por sua vez, que não tem responsabilidade nas instalações temporárias. Estas seriam responsabilidade da Ambev, que contratou a Fast Engenharia – a empresa, por sua vez, teria contratado a WDS para fazer o registro em carteira dos operários. Já a Fast alega que Fábio realizou o curso referente à área e ainda mostrou termos de responsabilidade assinados pelo funcionário.

“Vamos assessorar a família para ver a causa do óbito. Após a realização da perícia, vamos saber assim que chegarmos a uma conclusão, vamos processar as empresas em R$ 1 milhão em danos materiais e morais. A mãe dependia dele”, afirma Ademar Gomes.

O valor exigido terá ainda o acréscimo de 40% do valor do salário recebido pelo funcionário. Na carteira de trabalho, o valor era de R$ 1.067,00 para o cargo de ajudante de montagem, mas a família alega que Fabio exercia a função de montador, que lhe daria direito a vencimentos maiores.

Ainda segundo a família, o operário trabalhava apenas com o curso teórico de montador, aprendendo suas funções práticas ao chegar na obra. A Fast, responsável pelo curso, teria apenas bancado o caixão do funcionário e seu transporte para Diadema.

Questionado pelo Terra se o Corinthians pode ser envolvido no processo, Ademar Gomes disse que recebeu o processo ontem e não teve tempo para ler todos os documentos alusivos ao caso. Contudo, não descartou a hipótese, uma vez que pretende envolver no imbróglio jurídico todos os eventuais responsáveis pelas obras na Arena.





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