Pouco tempo depois da ordem de interdição do Zoológico de Brasília por suspeita de gripe aviária, funcionários do local interromperam a venda de ingressos e passaram a fazer o uso de máscaras de proteção facial.
Além disso, todas as pessoas que estavam dentro do parque foram orientadas a sair imediatamente, enquanto quem aguardava para entrar, foi barrado.
A interdição ocorreu após a descoberta de duas aves mortas no zoológico: um pombo e um pato, que levantaram suspeitas de contaminação pelo vírus da gripe aviária. Amostras foram recolhidas pela Secretaria de Agricultura do Distrito Federal para exames laboratoriais que confirmarão a causa das mortes.
O clima de surpresa e apreensão tomou conta dos visitantes. Maria Eduarda Bispo do Nascimento, 25 anos, que levava a filha Eduarda para comemorar o sexto aniversário, relatou o susto.
“Minha filha estava animada para ver o restante dos animais. De repente, avisaram que todos precisavam sair. Foi um susto, mas vamos procurar outro lugar pra comemorar”, contou Maria Eduarda.
Gripe aviária
O Brasil está investigando 11 casos suspeitos de gripe aviária, de acordo com o balanço mais recente divulgado nessa terça-feira (27/5) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo o Mapa, está sendo investigada uma nova suspeita de gripe aviária no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, que detectou o primeiro caso da doença em uma granja comercial no Brasil.
As autoridades brasileiras também investigam casos suspeitos em aves silvestres nas cidades de Ilhéus (BA), Icapuí (CE) e Armação dos Búzios (RJ).
O governo de Minas Gerais informou que há um foco de gripe aviária na região metropolitana de Belo Horizonte. O caso foi registrado em aves ornamentais, especificamente em cisnes-negros criados em um sítio na cidade de Mateus Leme.
Sebastião Silva, agente de segurança de 43 anos, veio de São Paulo em viagem de turismo com a esposa, cunhada e filhos. O passeio foi interrompido logo na entrada do zoológico.
“Foi frustrante. As crianças estavam ansiosas, mas fomos barrados no portão. Entendemos que é por precaução, mas ficamos sem saber o que fazer. Agora é torcer para que tudo se resolva logo e ninguém seja prejudicado”, lamentou Sebastião.
Ibaneis acompanha de perto
Equipes da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal continuam no local para monitorar a situação e elaborar o prazo de interdição do parque, que segue fechado até novas determinações. O governador Ibaneis Rocha afirmou que a Seagri “está acompanhando desde o primeiro caso que aconteceu no Rio Grande do Sul”. “Temos que tomar todas as medidas sanitárias. Aqui estamos preparados para isso”, disse.