A entrada da Venezuela como nova integrante do Brics foi vetada informalmente pelo Brasil, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. O país comandado pela ditadura de Nicolás Maduro pleiteava uma das vagas de associação, nova categoria apresentada da 16ª reunião do grupo, em Kazan, na Rússia.
De acordo com o jornal, 12 países receberão convite, são eles: Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Indonésia, Nigéria, Uganda, Turquia e Belarus.
Mais cedo, o ex-chanceler e assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, já tinha declarado ser contrário à inclusão da Venezuela no Brics. "Eu não defendo a entrada da Venezuela. Acho que tem que ir devagar. Não adianta encher [o Brics] de países, senão daqui a pouco cria-se um novo G77", afirmou em entrevista à CNN Brasil.
"A entrada de novos países precisa ser muito bem estudada. É preciso países que possam contribuir e ter uma concepção estratégica. O mundo vive dias de guerras com potencial de escalarem para conflitos globais. O critério de admissão é mais importante do que o país em si", ponderou o diplomata.
O presidente Lula vem adotando ultimamente uma postura mais crítica em relação à Venezuela e não reconheceu a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, cobrando a apresentação das atas eleitorais por parte de Caracas.
Devido à queda no banheiro sofrida no último fim de semana, Lula será representado na cúpula do Brics em Kazan pelo chanceler Mauro Vieira. (*Com informações da Ansa)