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TRANSTORNOS

Brasileira é presa em Buenos Aires após jogar filha bebê no lixo

 

TERRA

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Uma brasileira de 36 anos, que foi identificada apenas pelas iniciais T.A.D.A, foi presa após ter jogado a própria filha recém-nascida no lixo no bairro de Belgrano, em Buenos Aires, na terça-feira, 18. O bebê estava morto quando foi encontrado pela polícia, que investiga se a menina foi descartada ainda com vida. As informações são do jornalista Márcio Resende, correspondente da Rádio França Internacional (RFI), em Buenos Aires.

A Divisão de Homicídios da Polícia da Cidade conseguiu identificar a mulher e descobriu que ela tem transtornos psiquiátricos e que já chegou a ser internada. Conhecida no bairro, ela seria usuária de crack. A brasileira admitiu ter jogado a própria filha no lixo.

Imagens de segurança de um bazar em frente à lixeira gravaram o momento exato em que a mulher comete o crime. Às 10h01 (horário local), ela passa, carregando uma sacola grande no ombro. Em seguida, para e joga o pacote fora. Logo depois, um catador de lixo encontrou o bebê e começou a gritar por ajuda.

"Um rapaz gritou e nos avisou", contou Eduardo, funcionário de uma loja nos arredores do local do crime. "Ele gritava 'tem um bebê dentro'. Eu não acreditei. Mexi na bolsa e vi que era um bebê. Não tinha sinais de vida. Não se mexia. Estava envolvida numa manta e numa bolsa branca. Eu vi o rostinho, a mãozinha, a orelhinha. Era muito pequenininha, pálida. O rapaz começou a avisar a todo mundo."

A polícia chegou ao local junto a uma equipe médica, que ainda tentou reanimar o bebê, sem sucesso. A menina, que tinha cerca de três dias de nascida, apresentava sinais de hipotermia e ainda tinha consigo restos do cordão umbilical e da placenta. Não foram encontrados sinais de violência física que pudessem indicar homicídio.

Após a ordem da justiça de busca e apreensão no apartamento da mulher, a polícia encontrou a brasileira com outro bebê — ela teria dado luz à gêmeas no banheiro de casa, sem assistência médica. A menina foi levada às pressas à área de neonatal de um hospital, enquanto a mãe, também internada, permanece sob custódia policial.

Segundo a versão contada pela mulher, um dos bebês teria morrido depois do parto, o que a levou a descartar o corpo na lixeira. A Justiça ordenou a coleta de amostras de ADN para comprovar o parentesco e determinar se a menina estava realmente morta ou se ainda estava viva quando foi jogada no lixo.





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