Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio Maia, foi preso nesta sexta-feira (23) pela Polícia Federal na Operação Máximus.
Ele é lotado no gabinete do senador Eduardo Gomes (PL) em Brasília no cargo de Auxiliar Parlamentar Júnior, prestando serviço no escritório de apoio Nº 1. Segundo o senador Eduardo Gomes, o gabinete já providenciou a exoneração de Thales Maia, que é servidor desde 2019.
O segundo detido na mesma operação é o advogado Thiago Sulino, apontado como operador na venda de sentenças dentro do Tribunal de Justiça do Tocantins.
A Operação Máximus apura suposta venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins e lavagem de dinheiro.
Desembargador é afastado do cargo
O desembargador Helvécio de Brito Maia Neto (foto), ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), foi afastado do cargo por determinação do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é um dos alvos da operação Máximus e pai de um dos presos.
Apreensão de armas
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do desembargador João Rigo, presidente do Tribunal de Justiça, agentes da PF apreenderam 'armas longas'. O tipo e quantidade de armas não foi especificado.
Juízes investigados
São investigados os juízes José Maria Lima, Marcelo Eliseu Rostirolla, Océlio Nobre da Silva e Roniclay Alves de Moraes.
Veja a lista dos investigados pela PF:
Adwardys de Barros Vinhal
Integrantes do governo estadual também estão entre os investigados. A Polícia Federal não forneceu mais informações e o inquérito tramita em sigilo. No entanto, fontes locais apontam que integrantes do Governo do Tocantins foram alvo de busca e apreensão.
Segundo a coluna do Cleber Toledo, estão na lista "os presidentes do Naturatins, Renato Jayme da Silva, e do Instituto de Terras do Tocantins (Itertins), Robson Moura Figueiredo Lima. Também aparecem o procurador-geral do Estado, Kledson de Moura Lima, e os procuradores Rodrigo de Meneses dos Santos e José Humberto Pereira Muniz Filho; o ex-chefe de gabinete do governador Marcos Martins Camilo — exonerado a pedido nessa quinta-feira, 22 –, e o próprio governador Wanderlei Barbosa".
Nota do TJTO
O Poder Judiciário do Tocantins (PJTO) atendeu a Operação Máximus da Polícia Federal, nesta sexta-feira (23/8), e repassou todas as informações necessárias.
Ressalta-se que, até o momento, não foi oficiado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o afastamento de nenhum membro do Judiciário tocantinense.
O PJTO reforça que segue à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários.
Informa-se também que o expediente na Presidência do Tribunal de Justiça, bem como em seu edifício-sede, na Corregedoria-Geral da Justiça, Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), Comarcas do Estado e todas as unidades ligadas ao Poder Judiciário do Tocantins segue normal nesta sexta-feira (23/8).