Após o assassinato a tiros do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte (MG), e a prisão do empresário suspeito de ter cometido o crime, um fato totalmente alheio ao caso chamou a atenção de internautas: a diferença entre as fotos postadas por René da Silva Nogueira Junior nas redes sociais e a tirada quando ele deu entrada no sistema prisional.
A disparidade gerou repercussão on-line e reacendeu debate sobre o uso de inteligência artificial e de filtros em postagens.
Mais detalhes:
Mestre em agronomia pela Universidade de São Paulo (USP), René é casado com uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais.
Ele tem formações complementares na Fundação Dom Cabral e na Harvard Business School.
René ocupou cargos de CEO, vice-presidente e diretor executivo em diversas empresas. Recentemente, foi demitido do posto de diretor de negócios de uma holding brasileira do setor de alimentos.
O empresário foi preso na tarde da última segunda-feira (11/8), em Belo Horizonte, após matar o gari durante discussão no trânsito.
O crime aconteceu pela manhã, no bairro Vista Alegre, enquanto a vítima trabalhava na coleta de lixo.
Testemunhas relataram à polícia que Laudemir e outros garis recolhiam resíduos quando o empresário passou de carro.
René pediu que o caminhão fosse retirado da via para que pudesse passar com seu veículo elétrico.
Após breve discussão com a motorista do caminhão, ele desceu do carro armado e efetuou disparos.
Laudemir foi atingido na região da costela. René entrou no veículo e fugiu.
A vítima chegou a ser socorrida e levada a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
A causa da morte foi hemorragia interna provocada pelo projétil, que ficou alojado no corpo da vítima.
Prisão
O empresário René da Silva Nogueira Junior foi detido horas após o crime, em uma academia de luxo, no bairro Estoril, em Belo Horizonte (MG), durante ação conjunta das polícias Civil e Militar.
Após a prisão, ele foi encaminhado ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), René afirmou que, no dia do assassinato, saiu de casa em direção à empresa onde trabalha, em Betim (MG), retornou para a residência depois, passeou com os cachorros e foi à academia — local onde acabou sendo preso.
As informações foram divulgadas pelo delegado Evandro Radaelli, durante coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (12/8). Ele também destacou que o empresário negou ter estado no local do crime.
Ainda segundo o delegado, René relatou ter enfrentado trânsito incomum no trajeto até o trabalho e apresentou horários “picados” sobre suas atividades no mesmo dia em que o gari foi morto.
A prisão foi convertida em preventiva durante audiência de custódia.
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