A Ucrânia inicia nesta segunda-feira (24) as negociações para tentar se recuperar de três meses de revolta e confrontos violentos, que resultaram na destituição do presidente Viktor Yanukovich no sábado (22). Após designar Oleksander Turchinov como presidente interino até a realização das eleições em maio, o Parlamento ucraniano aguarda a localização de Yanukovich, que é alvo de uma ordem de prisão por "assassinato em massa de civis".
"Foi aberto um processo penal por assassinato em massa de cidadãos pacíficos. Yanukovich e outros funcionários de alto escalão estão sendo procurados", escreveu no Facebook nesta segunda-feira o ministro do Interior, Asden Avakov.
Pouco antes, o Serviço de Segurança (antigo KGB) da Ucrânia assinalou que desconhece a localização de Yanukovich, embora acredite que continue no país.
"Neste momento, Yanukovich não está detido e seu paradeiro ainda é indeterminado", disse uma fonte do serviço secreto à agência local "Ukrinform", desmentindo assim rumores que circularam pelas redes sociais de que o ex-presidente teria sido sido detido na Crimeia (sul do país). A fonte também desmentiu as especulações de que Yanukovich quer fugir da Ucrânia por via marítima.
Segundo informaram as autoridades ucranianas neste fim de semana, o ex-presidente cassado pelo Parlamento tentou sair do país em um avião particular, mas o voo não foi autorizado pela guarda de fronteiras.
Antes de desaparecer, Yanukovich afirmou que não houve revolução na Ucrânia, mas sim um golpe de Estado.