Opinião Terça-Feira, 01 de Abril de 2014, 10h:37 | Atualizado:

Terça-Feira, 01 de Abril de 2014, 10h:37 | Atualizado:

Onofre Ribeiro

Os militares e a Marcha para o Oeste

 

Onofre Ribeiro

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A rigor, a data comemorativa da Revolução de 31 de março de 1964 seria hoje. Ela foi antecipada em um dia por causa do dia da mentira. Começou errado. Mas a questão da ditadura militar em si, seria tema para outros artigos. Gostaria de ressaltar aqui os benefícios que Mato Grosso teve dentro do regime militar.

Em 1971 o governo do general Emilio Garrastazu Médici (1969-1974), decidiu ocupar a Amazônia por causa da expansão do socialismo na América do Sul, para povoar a vazia região e para solucionar velhos problemas de gente sem terra no Paraná e no Rio Grande do Sul, resultantes do esgotamento dos minifúndios de 25 hectares que haviam sido dados ao imigrantes europeus no fim do século 19 e começo do século 20. Terras baratas e desocupadas era o que oferecia o Centro-Oeste. Mato Grosso então, nem se fala, com imenso território à época habitado por 1 milhão 139 mil habitantes.

A nova Marcha para o Oeste (houve a de Getúlio Vargas a partir de 1942 para o Centro-Oeste, no nosso caso, para o Vale do Araguaia), favoreceu muitíssimo Mato Grosso. Iniciaram-se colonizações em Alta Floresta, Sinop e Colider, com patrocínio federal através de projetos privados. No Vale do Araguaia através da cooperativa Cooperacana, dirigida pelo pastor luterano Norberto Schwants, partindo do apoio de Barra do Garças e com epicentro na atual Canarana. Outros projetos privados e públicos foram se sucedendo com completo apoio financeiro para o crescimento estratégico de Mato Grosso e o consequente avanço sobre a Amazônia.

Para apoiar esses projetos de ocupação amazônica, Cuiabá foi escolhida como ponto de apoio para a penetração. Foi construída pelo 9º. Batalhão de Engenharia de Construções, vindo do Rio Grande do Sul, a rodovia de Cuiabá a Santarém, cortado 1.700 km de cerrados e de floresta. Pavimentaram-se as rodovias BR-364 de Goiânia a Rondonópolis e a BR-163 de Campo Grande a Rondonópolis e daí até Cuiabá. Implantou-se a Universidade Federal de Mato Grosso e puxou-se o primeiro linhão de energia elétrica desde Cachoeira Dourada. Em Goiás, para atender à nova onda de crescimento da velha Cuiabá.

Ainda no governo militar, para apoiar a emancipação do Território Federal de Rondônia, pavimentou-se de Cuiabá a Porto Velho, e o governo de Mato Grosso, na gestão Júlio Campos, pavimentou a BR-070 do entroncamento da Escola de São Vicente até Barra do Garças e a BR-158 daí até Canarana, e a BR-163 de Cuiabá até Santa Helena, no norte do Estado.

Foi um período intenso de desenvolvimento econômico, de ocupação da Amazônia e teve como um imenso pano de fundo, a divisão de Mato Grosso em 1977. Mas isso é outra conversa!

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso





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Comentários (2)

  • Wesley Ramos

    Quinta-Feira, 12 de Março de 2015, 09h01
  • Quanta mentira em um texto só!!! é um absurdo!!! Benefícios???.... te convido a vir em Alta Floresta MT pra te mostrar umas verdades. É um programa assassino e mentiroso!!!
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  • Geraldo Marins

    Terça-Feira, 01 de Abril de 2014, 17h41
  • Não é de estranhar que um cara que foi censor a serviço da ditadura militar escreva uma reportage destas elogiando os trabalhos do regime ditatorial em Mato Grosso. absurdo
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