Opinião Segunda-Feira, 02 de Agosto de 2021, 11h:32 | Atualizado:

Segunda-Feira, 02 de Agosto de 2021, 11h:32 | Atualizado:

Diego Guimarães

Os Ossos do Ofício

 

Diego Guimarães

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Demorei um pouco para escrever algo porque é difícil “digerir” a cena que assisti durante um almoço de final de semana com minha família. Enquanto eu dava almoço para minha filha de dois anos, na TV estava sendo exibida uma reportagem que mostrava uma fila de pessoas à espera da doação de ossos para poder alimentar suas famílias.

Perdi a fome, fiquei estático e incrédulo com o que estava vendo. Minha vida nos últimos cinco anos foi lutar por uma Cuiabá mais justa, um lar para as pessoas, e de repente me deparo com essa cena que me tirou o sono.

O episódio dos ossinhos mostrou as entranhas da falta de políticas públicas para os mais pobres. Diariamente é divulgado em sites da nossa cidade, ações, doações de cestas básicas, cobertores e dinheiro, tudo na tentativa de suprir instantaneamente algo que só pode ser resolvido pensando e agindo a longo prazo.

O palanque dessas ações sempre está cheio. Muitos políticos querendo aparecer na foto, mas a realidade, a verdadeira face da pobreza que o brasileiro vem enfrentando sempre é mascarada. Mais de 18 mil famílias vivem em extrema pobreza em Cuiabá. Em 2013 esse número já era alarmante, 11 mil famílias. O aumento foi de 67% em oito anos, intensificado com a pandemia.

Não é fácil pensar no que pode ser feito, penso nisso todos os dias. O que não se pode manter é esse jogo de empurra entre governo e prefeitura, bem como a busca pela paternidade de ações paliativas e irrisórias. É preciso que haja investimento no setor econômico, geração de emprego que vai movimentar nossa cidade e consequentemente levar comida para a mesa dos cuiabanos.

Planejamento. É preciso planejar essa reativação econômica, sem demagogia e sem pensar nos votos que pretendem angariar de olho na eleição próxima. As secretarias de assistência social não podem parar de amparar essas famílias, mas os Executivos precisam buscar outras vias. Levar oportunidade de capacitação e emprego não só em Cuiabá, mas como em todo o Estado.

Cuiabá e Mato Grosso precisam de gestores com menos fígado e com mais coração.

Diego Guimarães é advogado e vereador por Cuiabá pelo partido Cidadania.





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Comentários (2)

  • MARCOS

    Segunda-Feira, 02 de Agosto de 2021, 13h49
  • Deixe esta falácia para outrora, Falta sim, para muitos e poucos estão com este que nos faltam, inclusive vossa excelência tem todos os pré-requisitos para mudar esta cena, mas nada o faz, artigos solidarizando não resolve, suas poucas vãs palavras não resolve. Vamos resolver o Brasil quando quisermos ter alguém lá em cima, que pense como nós, que lute pelo fim da corrupção, pelo fim dos interesses políticos em detrimento a esta camada inferior da sociedade que come, como eu ossinho. Pare de pensar como todos, vanglorie a pessoa que faz esta ação social, destaque a dona do açougue que consegue atender mesmo sem ajuda nenhuma, 0,0000001% da população que perece. Voce esta sendo só mais um ao criticar o sistema e nao levantar a bunda da cadeira para se opor as mazelas. Junte pessoas que anonimamente façam acontecer, como esta proprietária do açougue... é de pessoas assim quem vai nos ajudar a sair do atoleiro que estamos desde 2002 e nos dias atuais piorando a cada dia. Luz e boa sorte vereador, ah! conte comigo se for fazer o certo. FAÇA A COISA CERTA!!!
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  • olho por olho

    Segunda-Feira, 02 de Agosto de 2021, 11h43
  • VIXI MARIA, DEUS CASTIGA, QUE TENTA ENGANAR, PORQUE ELE SABE NOSSOS PENSAMENTOS........VAI SER DEMAGOGO PRA LA, ISSO ACONTECE A MUITOS E MUITOS ANOS, SÓ AGORA POLÍTICOS ESTÃO VENDO....INFERNO...
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