Opinião Segunda-Feira, 31 de Março de 2025, 14h:18 | Atualizado:

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Otoniel Rodrigues de Paula

Ostentação, o grande dilema desta geração.

 

Otoniel Rodrigues de Paula

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Otoniel Rodrigues de Paula

 

Cadê nossas inspirações? "O anseio de um cidadão de bem".

Desde que éramos pequeno, nossos pais nos ensinavam que com muito esforço, estudo e trabalho a vida iria melhorar. Com estas esperanças, começávamos "bem cedo" a empurrar um carrinho de picolé, vender salgados e doces, com objetivo que a vida melhorasse logo. Naquela época (refiro-me à geração dos anos 90 para trás), ainda adolescentes vivíamos a transição do Real, e nossa moeda valia bem mais que hoje, com R$ 5 ou R$10 que ganhávamos no final do dia, já queríamos comprar um "monte" de coisas. Sem muito luxo, tínhamos o básico para vestir, comer e morar. "Ter nossas coisas", sempre foi o nosso maior sonho.

Lembro, que quando um de nossos amigos ganhava uma bicicleta, era uma "pedição" sem fim para que nossos pais comprassem para nós também.

Conforme fomos crescendo, a "vida" exigia cada vez mais de nós, trabalhar e estudar não era mais uma opção, mas sim necessidade.

Sonhávamos em constituir família, servir ao Exército Brasileiro, ser Médico, Policial, Advogado,Engenheiro,Professor...Quantas profissões nos inspiravam! e assim muitos conseguiram sucessos profissionais e sociais.

Desde a antiguidade, o trabalho sempre foi o meio disponível de obtenção da subsistência para suprir as necessidades dos seres humanos.

Infelizmente, o tempo passou e tudo está diferente e estas referências ora citadas, já não são mais suficientes, e muitos adolescentes e jovens não as querem mais, por acharem muito difícil, jornadas exaustivas, salários baixos, responsabilidades demais...etc. Ao invés disto, preferem se "inspirar" nos influencers digitais (que vivem fora da realidade do mundo), jogadores, e o mais destrutivo de todos, líderes de facções. Ou seja, os valores se inverteram, pois, as exceções estão virando regra. Até mesmo para casar-se, as moças não mais observam o critério "trabalhador" para o homem, pois com o dinheiro "fácil" advindo do crime, como os famosos jogos on line, golpes digitais...etc. Trabalho honesto parece que, também, ficou ultrapassado.

Ademais, a bem da verdade, percebe-se que o grande problema desta geração é um fenômeno chamado "ostentação". Segundo o dicionário Aurélio ostentação é: Ato ou efeito de ostentar-se; Exibição; Luxo.

Quantas desgraças familiares temos acompanhado por causa da ostentação, ainda mais com um cenário de facções, onde jovens e adolescentes estão sendo iludidos com promessas de riquezas, proteção, mulheres - quando na realidade, perdem suas vidas precocemente para as drogas, Dst, homicídios, prisões...Etc.

Encontrar uma saída em meio a este caos social, talvez seja nosso grande desafio. Talvez começamos pela Educação pois o grande estadista Nelson Mandela um dia disse: “A arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo, é a educação“. Cabe aos pais(família), a escola, a igreja, a política se unirem no intuito de reorganizar o estudo do civismo, do valor da família, da honestidade e da cidadania. Começar desde cedo a ensinar os pequeninos sobre responsabilidades familiar, social e profissional, quem sabe em um tempo, e espero que não seja tão distante, possamos novamente se inspirar nas coisas certas. Este é o meu anseio.

Otoniel Rodrigues de Paula é Bacharel em Direito pela UNIC





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