Opinião Quarta-Feira, 12 de Setembro de 2018, 10h:43 | Atualizado:

Quarta-Feira, 12 de Setembro de 2018, 10h:43 | Atualizado:

Renato Nery

Vitupério

 

Renato Nery

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Por aqui, na terra de Rondon, a maioria dos candidatos para eleições de outubro, continua repetindo a mesma ladainha  surrada e usada em todas as eleições: o bom mocismo. Os candidatos são vaidosos heróis que pertencem a uma geração de indômitos Timbiras. A ascendência é imaculada e a família é uma preciosidade absoluta e intocável.  O “chororô” sentimental os distingue dos outros mortais. Dão a impressão de que os mandatos vão ser exercidos pelos seus inatingíveis e imaculados pais ou por eleitos dos deuses.  Uma exploração sentimental enjoativa, piegas, cansativa vulgar, extemporânea e desnecessária! 

“Elogio em boca própria é vitupério”, afirma um provérbio português. Vitupério é uma palavra em desuso que significa: injúria, afronta, difamação e etc. A pertinência deste adágio neste texto é muito apropriada, tal o narcisismo nocivo dos postulantes a cargos públicos nas eleições de outubro/2018.  

No Brasil afora não é diferente. Nestes tempos difíceis, não há lugar para  “bons moços” e, muito menos, para mentirosos e mistificadores. No País tudo está pela “hora de morte”! Nada funciona! Para todo lado que se olha (saúde, educação, segurança, a cultura e etc...) se enxerga desordem, a incompetência, o descaso e a insidiosa corrupção que  abate e envergonha aqueles que vivem do seu trabalho. 

As burras dos orçamentos de cultura se abrem para quem não precisa e deixa perecer o rico patrimônio cultural levado pelas labaredas do fogo da incompetência, da burocracia e de incúria! 

Candidatos! Chega de lorotas! Onde estão as propostas exequíveis para os cargos que vão ocupar? O Estado, o País, a população precisam de propostas viáveis, enfim de acreditarem num futuro melhor!  De bons legisladores, reformadores e de administradores aptos e competentes para viabilizar os antigos e crônicos problemas dos que aqui habitam. Os antigos continuam antigos. E os novos imitam os antigos. A propaganda eleitoral é lastimável (com raríssimas exceções). Ainda bem que ficou mais curta! Ficarão, portanto, mais reduzidos, os narcisismos, os “arranca rabos”, a exposição de mazelas e os defeitos dos adversários. A que vieram? Certamente para dizer que o inferno é os outros! 

Não há nada de novo no Reino do Brasil. Até as suas relíquias e memorias foram queimadas. Tudo foi reduzido a nada. Enfim, a cinzas que são estéreis! Vamos renovar como e com quem? Os novos são velhos e os velhos continuam velhos. E o Brasil é o de antanho, a desafiar o bom senso e a lógica. E nós outros, continuamos acreditando num futuro que não vem! E a achar que a Venezuela é bem ai e está chegando aqui a passos largos.  É de chorar!

Renato Gomes Nery é advogado em Cuiabá. E-mail –[email protected]

 





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