A quantidade de drogas apreendidas pelos órgãos de segurança estadual de Mato Grosso no primeiro semestre deste ano é 88% maior que no mes mo período do ano passado. Foram mais de quatro toneladas entre janeiro e julho de 2015, enquanto que em 2014 foram 2,1 toneladas.
As apreensões são de maconha, cocaína, pasta-base e crack feitas pela Polícia Militar, Polícia Civil e Grupo Especial de Fronteira (Gefron), sendo que o maior aumento registrado foi o de maconha, estimado em 261%. No primeiro semestre de 2014 foram 550 quilos apreendidos e este ano as apreensões saltaram para 1,99 tonelada.
A cocaína foi a segunda droga mais apreendida no estado este ano, com um aumento de 103% em comparação a 2014. No primeiro semestre de 2015, 1,2 tonelada foram apreendidas pelos policiais e, em 2014, o total foi menos da metade, 594 quilos. As apreensões de pasta-base diminuíram em 13% nos primeiros seis meses de 2015 em comparação ao mesmo período de 2014, passando de uma tonelada em 2014 para 891 quilos este ano.
Secretário-executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo pondera que o aumento das apreensões de drogas é um dado positivo para a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) pois demonstra que as estratégias operacionais atingiram o alvo. Para ele, o aumento nos investimentos no setor de inteligência, o monitoramento de quadrilhas e bocas de fumo e o intercâmbio de informações entre as Polícias Militar e Civil de Mato Grosso foram as causas no avanço ao combate às drogas. “Temos duas frentes de trabalho: uma atuando no tráfico doméstico concentrada nos maiores pólos, que são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, por meio do chamado trabalho de formiguinha nas bocas de fumo, e outra à frente das fronteiras, em Cáceres, Pontes e Lacerda e Tangará da Serra”.Mesmo com o trabalho dos policiais na fronteira e nas maiores cidades, a entrada de drogas ainda está longe de ser controlada em Mato Grosso.
Galindo reconhece as dificuldades, sobretudo no que tange ao efetivo policial, e diz que esta é uma medida de médio prazo que já está sendo buscada pela Sesp. Atualmente, o Gefron conta com 100 policiais militares, mas segundo o secretário-executivo, a meta é dobrar este número até o final do ano que vem.
Para Galindo, o combate ao tráfico de drogas está avançando em Mato Grosso. Prova disso seriam as informações captadas durante a operação “Ágata”, realizada no mês passado em vários estados em parceria com a Marinha, em que traficantes diziam que estava difícil passar com as drogas da Bolívia para Mato Grosso. “Isso mostra que a política de repressão dá certo e para isso vamos trabalhar até atingir o limite máximo da nossa capacidade de operação”.