Já foram identificados os cinco investigadores da Polícia Civil que tiveram prisões decretadas na "Operação Efialtes" deflagrada nesta quarta-feira (7) com base em investigações que apuraram a violação de lacres e troca de drogas apreendidas, por gesso, areaia e isopor, - situação constatada durante uma incineração realizada em abril deste ano -, em Cáceres (225 km de Cuiabá. São eles: Antonio Mamedes Pinto de Miranda, Ariovaldo Marques de Aguiar, Sérgio Amancio da Cruz, Luismar Castrillonn Ramos e Paulo Sérgio Alonso. Luismar já está preso e teve o novo mandado cumprido na penitenciária onde ele está encarcerado.
Mamede, que é suplente de vereador por Cáceres, está foragido e informações dão conta de que ele não deverá ser apresentar espontaneamente e corre risco de ser expulso da corporação após 30 dias de fuga. Em 2020, ele disputou para vereador pelo Republicanos e foi 38º mais votado na cidade, obtendo apenas 332 votos.
Além dos policiais, também foram identificadas a faxineira da delegacia de Cáceres, Maria Lúcia da Silva, e sua filha, Ariane da Silva Almeida. Elas seriam as auxiliares de policiais civis do Cisc (1ª DP) e da Delegacia de Fronteira (Defron) que desviavam drogas apreendidas na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.
Todos são suspeitos de fazerem parte do esquema, que também utilizava empresas para lavar dinheiro. A Justiça também determinou o bloqueio de valores no valor de R$ 25 milhões, sequestro de 14 veículos e quatro imóveis, além do bloqueio de contas bancárias dos investigados.
As ordens judiciais foram cumpridas em Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás. As investigações realizadas em inquérito instaurado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil iniciaram há, aproximadamente, oito meses, após o órgão corregedor receber a notificação de que durante a incineração de drogas realizada pela Delegacia Especializada da Fronteira (Defron), no dia 19 de abril deste ano, em Cáceres, foi constatada a violação de lacres das embalagens de perícia dos entorpecentes apreendidos.
Em alguns envelopes houve a substituição de parte do material apreendido por outro diferente como, por exemplo, areia e gesso. Na ocasião, foi determinada pela Corregedoria a correição extraordinária na sala da Defron, onde eram armazenadas as drogas apreendidas. Foi identificado um invólucro plástico violado com diversos tabletes que, ao serem manuseados e devido ao peso muito leve, constatou-se ser semelhante a isopor.
A equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e fez a análise de todos os lacres e embalagens armazenadas no local, assim como as embalagens violadas que foram constatadas durante a incineração. Com os laudos periciais concluídos, foi confirmada que a droga apreendida, lacrada e armazenada na Defron havia sido substituída pelos tabletes de isopor, gesso e areia. A investigação apontou que o material usado para substituir as drogas foi feito com o claro objetivo de confundir, produzido com formato semelhante e com a mesma cor de embalagem.
Por exemplo, se a droga acondicionada tinha sido embalada com material de cor amarela, o tablete usado para substituí-la também era feito da mesma forma.
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Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 20h16Euclides
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 15h49Túlio
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 15h01Fagner
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 14h58Davi
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 14h57Carlos
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 14h55Zé Loco
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 13h47Antônio
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 13h08Observador
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 13h06MARIA TAQUARA
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 12h09Sociedade
Quarta-Feira, 07 de Dezembro de 2022, 11h44