Polícia Quarta-Feira, 07 de Agosto de 2024, 16h:05 | Atualizado:

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NEGÓCIO DOCE

Empresário aciona Justiça para recuperar Camaro apreendido pela PF

Dono alega que repassou carro em negócio como dono de farmácias

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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O empresário Felipe de Mattos Calhano entrou na Justiça para recuperar um luxuoso Chevrolet Camaro que foi apreendido pela Polícia Federal durante as diligências da operação Ragnatela, em junho deste ano.  O veículo estava em posse do empresário Agner Luiz Pereira, proprietário da rede de farmácias Bom Preço.

Agner é um dos alvos da ação policial. A Ragnatela foi deflagrada para cumprir mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e afastamento de cargos públicos, com o objetivo de desarticular um núcleo do Comando Vermelho (CV-MT) responsável pela lavagem de dinheiro em casas noturnas.

A investigação, comandada pela Ficco-MT, identificou que criminosos teriam adquirido a casa noturna Dallas, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades criminosas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

De acordo com o relatório produzido pela Polícia Federal, Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares seria responsável pela rentabilidade dos lucros obtidos com os shows e a venda de drogas pela organização criminosa, por meio de empréstimos a juros abusivos de 10% ou mais por mês. Em pedido encaminhado à 7ª Vara Criminal de Cuiabá nesta terça-feira (6), os advogados de Felipe destacaram que o Camaro é de sua propriedade e que foi o objeto de um negócio feito entre ele e Agner.

No entanto, com a apreensão do veículo, Agner não vem cumprindo com as cláusulas contratuais. A defesa também frisa que o veículo tem origem lícita e juntou ao processo o contrato de financiamento em nome do pai de Felipe, assim como a procuração pública que lhe confere poderes sobre o veículo, além de comprovantes de pagamento das últimas parcelas em seu nome, "de modo que não há qualquer razão para vincular seu veículo com os fatos investigados". "Ocorre que o requerente entabulou um negócio com a pessoa de Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, e com a apreensão o mesmo não vem cumprindo com as clausulas contratuais, assim, para regularizar o veículo, deve o mesmo ser devolvido ao seu proprietário", traz trecho. 

Recentemente,o  Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) denunciou Agner e mais 13  pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. São eles: Ana Cristina Brauna Freitas,  Clawilson Almeida Lacava, Elyzio Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira, Joadir Alves Gonçalves, João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Lauriano Silva Gomes da Cruz, Matheus Araújo Barbosa, Rafael Piaia Pael, Rodrigo de Souza Leal, Willian Aparecido da Costa Pereira e Wilson Carlos da Costa. Outras seis pessoas haviam sido indiciadas pela Polícia Federal, mas ficaram de fora da denúncia oferecida pelo Gaeco e foram inocentadas: Antidia Tatiane Moura Ribeiro, Danilo Lima de Oliveira, Everton Marcelino Muniz (DJ Everton Detona), Renan Diego dos Santos Josetti, Stheffany Xavier de Melo Silva e Vinicius Pereira da Silva. 





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