A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), em decisão que autorizou novas buscas e apreensões no batalhão de Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), no âmbito do processo que investiga a morte do advogado Renato Nery, 72 anos, destacou que as investigações revelam fortes indícios de que o assassinato ocorreu dentro de um contexto de organização criminosa, configurando-se, a princípio, como um "crime encomendado".
Nesta semana, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriu novos mandados de prisão temporária contra os policiais militares Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiros Ramos, Jorge Rodrigo Martins e Wercerlley Benevides de Oliveira, investigados por envolvimento no homicídio do advogado.
O sargento Heron Teixeira Pena Vieira, que também foi preso por suspeitas de envolvimento na morte de Renato, não foi alvo desse novo mandado. Ele é acusado de ter alugado uma chácara no Capão Grande, em Várzea Grande, onde o crime contra o jurista teria sido planejado.
Os mandados foram requeridos devido à investigação de um suposto confronto ocorrido no dia 11 de julho, na Avenida Contorno Leste, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, quando os quatro policiais da Rotam atenderam à denúncia de roubo de um Gol, seis dias após o homicídio do advogado Renato Nery. No dia do crime, uma equipe do Batalhão Rotam atendeu à ocorrência e, segundo o boletim de ocorrência, teria trocado tiros com os supostos ladrões do veículo.
Um criminoso morreu, um ficou ferido e um teria fugido, e duas armas foram apreendidas e entregues pelos policiais da Rotam à perícia. Durante as investigações dos dois casos – o homicídio do advogado Renato Nery e o suposto confronto após o roubo - foi constatado que a arma apreendida no confronto, uma Glock G17 9 mm modificada para automática, era a mesma utilizada no homicídio do advogado.
Além disso, a perícia apontou também que as munições utilizadas no assassinato haviam sido adquiridas pela Polícia Militar e destinadas ao Batalhão Rotam. Renato Nery morreu atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho do ano passado, em frente ao seu escritório, na capital.
O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas após o procedimento médico. “Tal circunstância corrobora com a tese investigativa em que a autoridade policial indica a existência de indícios do crime investigado ter sido empreendido sob o “mando” de outrem, e recaindo a autoria delitiva mediata sobre algum agente da segurança pública, corroborando aos indícios da participação dos representados no crime em tela. Evidente a existência da materialidade do delito apurado, e o modus operandi do crime perpetrado revela indícios bastantes de sua prática em contexto de organização criminosa, tratando-se, a priori, de “crime encomendado”, pontuou a juíza.
Professor
Domingo, 23 de Março de 2025, 16h44Dito
Domingo, 23 de Março de 2025, 16h05Tonhao boca dura
Domingo, 23 de Março de 2025, 13h14Ajudante do Ajudante Geral
Domingo, 23 de Março de 2025, 11h56colibri
Domingo, 23 de Março de 2025, 08h06Cidadão de bem
Domingo, 23 de Março de 2025, 06h58Cidadão de bem
Domingo, 23 de Março de 2025, 06h54Cidadão de bem
Domingo, 23 de Março de 2025, 06h52Professor
Sábado, 22 de Março de 2025, 20h46Saulo
Sábado, 22 de Março de 2025, 20h05