Após o episódio de destruição no deck do restaurante Haru, na Praça Popular, região nobre de Cuiabá, protagonizado pelo empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, de 33 anos, conhecido como Marllon Pezzin, sua mãe, a empresária e psicóloga Cláudia Pezzin Ourives, se manifestou nas redes sociais e alegou que o filho é vítima na confusão. Em uma transmissão ao vivo no Instagram, Cláudia alegou que Marllon teria sido agredido dentro do estabelecimento e depois um atirador teria efetuado cinco disparos contra o carro dele, que seria blindado. 

Ela acusou o dono do restaurante como "mandante", disse que vai denunciar o caso na imprensa e tentou "dar uma carteirada" alegando que conhece um coronel da Polícia Militar, já contatado por ela. Também garantiu que vai exigir fiscalização em "todas as lanchonetes" de Cuiabá. "Já falei com o coronel Jesus", diz ela na gravação onde também acusa o dono do restaurante de "pagar policiais". 

"Ontem houve um atentado contra a vida de José Clóvis Pezzin de Almeida. O dono do Haru, primeiro o cara bateu no meu filho dentro do banheiro, depois eles saíram batendo e dando gravata no meu filho, depois meu filho tentou sair lá fora, eles começaram a meter um pau em cima do meu filho", afirmou Cláudia na live. Ela também tentou justificar a parte em que ele dá ré no carro e atinge uma mulher, que é arremessada no asfalto.

Segundo Cláudia, ao tentar sair com o carro, Marllon não percebeu a presença de sua tia atrás do veículo. "Ele não viu quem estava atrás, que era minha irmã, mas não machucou", diz ela. 

Cláudia acusou o dono do restaurante Haru de, suspostamente, ordenar que atirassem no filho dela. "E sabem o que o dono do Haru mandou fazer? Atirar no meu filho, deram cinco tiros no carro,", alega a mulher ao relatar que o veículo de Marllon era blindado. Inicialmente, foi ventidada a hipótese de que um homem de roupa preta que estava na calçada teria efetuado um tiro contra o parabrisas do veículo que destruía o deck do restaurante, mas o empreendimento negou, numa nota divulgada à imprensa. 

A empresária também declarou que pretende levar o caso às autoridades e à mídia nacional: "Agora eu quero saber de uma coisa aqui no Mato Grosso, eu quero que todas as lanchonetes sejam investigadas, não vou me cansar. já mandei falar tudo sobre isso." 

Por fim, a mulher disse que está registrando dois boletins e ocorrência para mostrar a "verdade". Segundo ela, "o dono do Haru vai ter que falar quem deu o tiro no meu filho, essa pessoa que deu o tiro no meu filho, eu quero ele na cadeia e vou conseguir isso".

A confusão foi registrada noite deste sábado (24), quando Marllon Pezzin se envolveu numa "desavença" dentro do restaurante oriental, que evoluiu para uma briga na parte externa do restaurante. Depois, ele utilizou seu veículo, um Volkswagen Touareg de cor preta, para colidir repetidamente contra o deck do estabelecimento, que estava cheio de clientes. Após o ocorrido, Marllon fugiu do local e abandonou o carro nas proximidades.

Outra gravação feita nas imediações da Avenida Getúlio Vargas, mostra ele brigando com outros três homens, que seriam os mesmos da confusão no Haru. A gravação mostra Marlon Pezzin sendo agredido pelo trio com chutes, socos e golpes com um porrete de madeira. 

Num boletim registrado pela Polícia Militar, o caso foi registrado como tentativa de homicídio, dano, direção perigosa de veículo e fuga do local do acidente. A Polícia Civil ainda não divulgou qualquer comunicado sobre o caso. 

O restaurante Haru emitiu uma nota lamentando o ocorrido e afirmando que todas as medidas de segurança foram tomadas para proteger clientes e colaboradores. O estalecimento negou ter sido efetuado qualquer tiro durante a confusão.