Polícia Quarta-Feira, 19 de Fevereiro de 2014, 23h:30 | Atualizado:

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SUSPEITA DE VINGANÇA

Major executado em VG estava saindo de casa para ir a igreja

 

Da Redação

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Internauta

major

 

O major PM Claudemir Gasparoto, de 52 anos, lotado durante oito anos na Casa Militar do Governo Blairo Maggi, foi vítima de pistolagem quando saía de sua residência para ir a uma igreja. Testemunhas disseram que uma Ecosport vermelha fechou o carro por trás. Em seguida, três homens desceram atirando.

O oficial da PM foi atingido por quatro tiros - um no pescoço, outro no dorso, tórax e braço. A execução ocorreu nesta terça-feira, por volta das 20 horas, em frente à sua residência, no bairro Planalto Ipiranga, em Várzea Grande. 

Ferido em estado grave, Gasparoto foi levado em seu próprio carro, pela filha, ao Pronto Socorro de Várzea Grande, mas morreu durante o trajeto. Após os tiros, os criminosos fugiram em alta velocidade em direção à região do Aeroporto. 

Vizinhos que viram a cena acreditavam se tratar de uma tentativa de roubo. Ao chegar ao local, os policiais perceberam que se tratava de um crime de execução no qual a vítima não teve chance de defesa. A pistola que o militar levava no seu Voyage prata estava travada e ele não teve como atirar. 

No local, peritos do Instituto de Criminalística apreenderam cápsulas de pistola ponto 40 e 765m. Os criminosos usaram também um revólver calibre 38. Armas ponto 40 são de uso exclusivo de policiais em qualquer parte do país. 

Os detalhes da execução do militar chamaram a atenção dos policiais, uma vez que os indícios apontam para um crime planejado em várias etapas, incluindo três tipos de arma e tiros em locais vitais. Conforme os policiais, a Ecosport havia sido roubada no dia anterior em Cuiabá e foi vista minutos antes, estacionada numa esquina próxima. Foi só o major ligar o carro e sair de ré até a calçada que o Ecosport se aproximou e fechou-o por trás impedindo que ele fugisse. 

Em seguida, três dos quatro ocupantes do carro desceram e foram atirando contra Gasparoto. Três dos quatro tiros foram fatais. Somente o tiro desferido no braço é que não provocaria o óbito. 

Como de hábito, o militar iria para uma igreja próxima e esse era o horário. Esse roteiro era usado mais de uma vez por semana e os policiais acreditam que os pistoleiros sabiam a hora e o dia que a vítima saía. “Atacar uma pessoa quando sai de casa a deixa mais vulnerável do que quando ela chega, pois tanto no bairro, como nas proximidades, a maior parte dos casos acontece assim”, lembrou um policial. 

A sofisticação da execução leva os policiais a acreditarem que seja um motivo “muito forte” para tanto requinte de violência. A delegada Sílvia Pauluzi informou que ainda vai conversar com familiares para saber se o major estava sendo ameaçado ou algo parecido. A única certeza é que se trata de um crime de pistolagem. 

FILHO

Por pouco, o filho de cinco anos do major Claudemir Gaspareto não fica no meio dos disparos. Vizinhos disseram que o menino estava no banco do passageiro para acompanhar o pai até a Igreja quando o militar pediu para ele descer. O oficial da PM havia esquecido os óculos e pediu para que o filho o pegasse na sala. Em seguida, o aguardaria na rua com o carro manobrado. Assim que engatou a ré no Voyage, o militar foi cercado pelos criminosos. 

Os vizinhos disseram não saber se o filho teve tempo de retornar antes dos tiros, mas acreditam que o menino não abriu a porta, pois em seguida, o pai foi executado. 

O estampido dos tiros despertou a atenção da filha, que pegou o carro, mesmo com um tiro no vidro, e o levou para o Pronto Socorro de Várzea Grande, mas o militar morreu durante o trajeto. 

Assim que estiveram no PSC, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa retornaram ao local do crime, para acompanhar o trabalho dos peritos de local. Os peritos encontraram várias cápsulas espalhadas pelo chão. O que chamou a atenção foi o uso de três armas diferentes usadas por três pistoleiros que procuraram atingir partes vitais da vítima – pescoço e costas. 





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