Polícia Sexta-Feira, 18 de Abril de 2014, 17h:53 | Atualizado:

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SAÚDE NA UTI

Paciente agride enfermeira na UPA do Morada do Ouro

 

GD

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Um paciente psiquiátrico agrediu uma enfermeira e ameaçou outras pessoas que aguardavam por atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Morada do Ouro. Como nem familiares conseguiram conter o paciente, policiais militares foram acionados para evitar que o pior acontecesse.

Mesmo sem a responsabilidade sob atendimento psíquico, a unidade de saúde vem recebendo esse tipo de paciente há algum tempo, como conta um servidor que preferiu não se identificar. “Tem se tornado frequente a entrada de pacientes com sérios problemas psiquiátricos aqui na unidade. Toda semana pelo menos um chega e como aqui é pronto-atendimento, não podemos nos negar a atender”.Ele ainda fala que além dos pacientes da Capital, existe os que vêm do interior do Estado. “Esta-mos com uma mulher que veio de Rondonópolis. Já tentamos a transferência dela inúmeras vezes, mais sem sucesso”.

O funcionário afirma que não é a primeira vez que funcionários são agredidos por pacientes psíquicos. “Outro dia tivemos que socorrer uma enfermeira, que era agredida com socos e xingamentos, por um paciente que teve um surto”.

Segundo Adriane Carvalho Lima, assistente social da unidade médica, a UPA se tornou uma porta de entrada para esse tipo de doente. “Desde que fechou o pronto-atendimento do Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, nós estamos recebendo pacientes psíquicos. O problema é que não temos condições físicas e profissionais capacitados para esse tipo de atendimento”.

A assistente social ainda ressalta que os servidores acabam ficando vulneráveis aos doentes mentais, uma vez que a maioria dos que chegam à unidade são muito agressivos. “Hoje estamos com 6 pacientes se tratando aqui, destes, 2 ficam sedados praticamente 24 horas por dia, por que são muito agressivos e têm surtos constantes. Um destes pacientes, inclusive, é uma mulher que fugiu de um hospital de Rondonópolis e acabou parando aqui e não conseguimos a transferência dela”.

Durante a entrevista, Adriane mostrou um paciente que também sofre com problemas mentais, mas que por falta de leito, fica o tempo todo andando pela unidade de pronto-atendimento. “Ele fica assim o dia inteiro, na maioria das vezes é tranquilo, mas também sofre com surtos e é preciso intervir com medicação, para acalmá-lo”.

Além do problema estrutural e da falta de equipe para atendimento psiquiátrico, a assistente social explica que mesmo após o tratamento clínico necessário ser realizado junto aos pacientes psíquicos o encaminhamento para o Hospital Adauto Botelho não é concedido. “Nós atendemos, fazemos a nossa parte, que é tratar esses pacientes clinicamente. Mas, após a conclusão do tratamento, o Estado alega que não possui leitos para receber estes pacientes e os mesmos continuam aqui, ocupando leitos, que poderiam servir para o atendimento de outras pessoas”.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou o ataque do paciente com surto psicótico. A Secretaria ressaltou ainda que as equipes de pronto-atendimento das unidades de saúde municipais estão preparadas para atender apenas intercorrências clínicas. Não possuindo assim, o devido preparo e estrutura para receber um paciente em surto psicótico, uma vez que este atendimento não é de competência do Município, e sim do Estado.





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Comentários (1)

  • MteusMte

    Sexta-Feira, 18 de Abril de 2014, 21h58
  • Se tem se tornado frequente a entrada de pacientes com sérios problemas psiquiátricos na UPA do prefeito, digo da Morada do Ouro, então que ele como bom administrador que falou que é na campanha, contrata médico com esta especialização e parem de reclamar do povo. Esta administração reclama demais e o tempo ta passado. Cadê a creche que seria inaugurada uma por mês?
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