Polícia Quinta-Feira, 12 de Dezembro de 2024, 16h:10 | Atualizado:

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CASO RESOLVIDO

PC apreende 2 por matar cantora trans em MT; crime foi "guerra de facções"

Santrosa foi rendida quando tomava banho em casa

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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Dois adolescentes foram apreendidos em Sinop (500 km de Cuiabá) nesta quinta-feira (12) sob a suspeita de participação no assassinato da cantora e suplente de vereadora transsexual Santrosa (PSDB), ocorrido em 11 de novembro deste ano. Segundo a Polícia Civil, foram expedidos seis mandados de buscas e apreensão e cinco de prisões temporárias e internação.

A vítima foi morta e decapitada e o corpo localizado no dia 10 de novembro, em uma área de mata do município. Ela estava desaparecida desde a véspera, quando deveria ir a um evento artístico e não compareceu.

Das cinco prisões expedidas, duas foram cumpridas, sendo dois adolescentes, ambos de 17 anos, envolvidos nos atos criminosos. Três alvos são considerados foragidos.

Santrosa foi sequestrada dentro de sua casa em 9 de novembro. Os suspeitos a levaram para uma área de mata, onde amarraram seus pés e mãos e a decapitaram na zona rural, perto da Estrada Cirene. 

À época, o delegado Bráulio Junqueira, da Polícia Civil, informou que ela teria sido morta por vender drogas sintéticas na região sem a autorização da facção criminosa Comando Vermelho (CV-MT). Santrosa teria recebido um aviso para parar com as vendas, mas ignorou a determinação dos faccionados.

"A vítima estava vendendo droga sintética. Recebeu um aviso para parar. Continuou e executarem ele. Foi isso o motivo foi esse. Não sei quantos (bandidos). A  informação é que eles entraram na casa para pegar drogas que ela tava vendendo", declarou o delegado Bráulio Junqueira. O corpo de Santrosa foi encontrado após familiares e amigos suspeitarem do sumiço, já que ela não compareceu a um show que estava programado para a noite de sábado. 

Nas eleições deste ano, Santrosa disputou uma vaga de vereadora filiada ao PSDB e obteve 121 votos, ficando como suplente. Nas redes sociais, Santrosa era bastante ativa. No Instagram, ela tinha mais de 10 mil seguidores e publicava trabalhos fotográficos.

Após inúmeras diligências, a Polícia Civil comprovou o envolvimento de, pelo menos, cinco pessoas que participaram diretamente do sequestro, tortura e execução da vítima . Durante a investigação, a equipe policial identificou a residência onde Santrosa foi mantida em cárcere privado e torturada. Na casa foram encontrados vestígios de sangue, além de uma toalha e uma camisa também com sangue e uma faca que, provavelmente, foi utilizada na execução da vítima.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) coletou o material na residência e será realizado o exame de DNA para comprovação. Os menores de idade foram interrogados e confessaram participação no crime, detalhando como foi a ação criminosa.

BANHO

Eles contaram que Santrosa foi rendida em sua casa, no momento em que estava no banho, e começaram a torturá-la. Os investigados pegaram o telefone da vítima, onde havia diálogos e imagens de entorpecentes, e supuseram que as pessoas com quem ela conversou poderiam ser ligadas a outra facção criminosa. Após contato com um líder criminoso, foi dada a ordem de execução da vítima. 

Os adolescentes relataram ainda em depoimento que foram roubados perfumes, dinheiro e entorpecentes da vítima. Depois, a levaram até outra residência, próxima à casa de Santrosa, e lá a mantiveram em cárcere privado e continuaram a tortura.

Por volta das 18 horas do dia 9 de novembro, quando escureceu, levaram a vítima até a mata, onde ela foi encontrada, e a executaram. Os criminosos também fizeram transferência bancária da conta da vítima, fato que foi comprovado nas investigações.

Um dos executores confessou ter feito o Pix da conta de Santrosa. A investigação prossegue com as análises das provas testemunhais, para posterior conclusão do inquérito policial.





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Comentários (2)

  • Derysi Cuneat

    Sexta-Feira, 13 de Dezembro de 2024, 10h29
  • O cara é traficante e colocam ele como cantora. Piada!
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  • Comentarista

    Sexta-Feira, 13 de Dezembro de 2024, 08h31
  • Vamos corrigir a jornalista, cantora não, nesse caso, traficante.
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