Um piloto morreu carbonizado após a aeronave cair na madrugada da segunda-feira (24) no município de Cotriguaçu (a 950 quilômetros ao norte de Cuiabá) pode ser um boliviano. Era seria filho de um empresário da região de San Mathias que procurou na última sexta-feira o Instituto de Medicina Legal de Cuiabá para fazer o exame de DNA.
Segundo técnicos em necropsia, ele fez coleta do material para ser confrontado com material do que restou do corpo e que está no IML. Com isso, as suspeitas poderão ser confirmadas ou não. O empresário estava aflito, pois queria saber ser havia uma forma de agilizar o exame. Foi informado de que existe um prazo mínimo, mesmo em laboratórios particulares.
Na sexta-feira morreu o suposto passageiro do monomotor, que ficou quatro dias em estado grave internado num hospital da região Cotriguaçu.
Trata-se de um homem que se identificou como Raimundo Paulo de Oliveira, de 32. Mesmo em estado grave, disse a policiais civis que era um passageiro e que tinha contratado um piloto para ir buscá-lo, sem fornecer maiores detalhes.
Aos técnicos em necropsia, o empresário relatou que o filho havia tirado e brevê de piloto recentemente e dias antes do desaparecimento ele esteve numa fazenda onde o proprietário rural queria a ajuda do rapaz para trocar de avião.
Alguns dias antes do acidente, o piloto ligou para o pai informando que iria ficar por lá, mas sem fornecer detalhes. Como demorou para retomar contatos, os pais ficaram preocupados.
“Após as informações sobre a queda do avião, o pai ligou para o fazendeiro e então, ficou sabendo que o filho tinha viajado para o Brasil”, explicou um técnico que conversou com o empresário.
O pai do piloto, então, foi até o Pará onde houve o roubo do avião e descobriu que, nas filmagens do hangar, apareciam três encapuzados.
Como dois deles embarcaram no avião e um deles seria um brasileiro que teria dado apoio, a Polícia suspeita que o terceiro teria chegado com o piloto em outra aeronave. A aeronave fora roubada cerca de duas horas antes do acidente no município de Ourilândia, estado do Pará.
Ainda não se sabe os motivos que levaram a tragédia, sendo que no momento do acidente caía uma forte chuva na região, dessa forma a Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese. Os policiais acreditam que o piloto estivesse voando baixo para evitar ser localizado pelos radares da fronteira