Bar onde cinco pessoas morreram na última sexta-feira
Os 3 sobreviventes da chacina onde 5 homens foram mortos, na noite de sexta-feira (21), em Várzea Grande, não contarão com proteção policial depois de deixarem as unidades hospitalares em que se encontram, desde a data do crime. Segundo o delegado Silas Tadeu Caldeiras, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Polícia Civil não tem efetivo suficiente para fazer a escolta.
Mas pessoalmente, ele não acredita que os 3 rapazes corram riscos. Segundo ele, os autores do crime já teriam alcançado o objetivo com as mortes.
Mesmo assim, garante que todos serão orientados a procurar as autoridades e requererem segurança caso se sintam ameaçados ao voltarem para casa. A chacina ocorreu em um bar, no bairro São Matheus, por volta das 22h.
Os 3 frequentadores M.S.L., M.S.S.P. e G.M.A.P. só sobreviveram porque se fingiram de mortos depois da ordem de se virarem para a parede. Outras 5 pessoas foram executadas a tiros de arma de grosso calibre (12) e de pistola 9 milímetros.
Sebastião José Pinho, 26, Douglas Campos Fernandes, 18, e Anderson José da Silva, 18, morreram próximo à mesa de sinuca, na área externa do bar. Jean Assunção Pedroso, 29, e Gonçalo Vaz de Campos, 60, foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.
Um dos sobreviventes já foi ouvido pela Polícia Civil e, segundo o delegado, a partir desta segunda-feira será checado se alguma das vítimas tem passagem criminal, o que ainda não foi feito.
A única certeza é que pelos menos 5 homens, armados e encapuzados, cometeram o crime. O fato de estarem com os rostos cobertos dificulta o reconhecimento, mas a Polícia aguarda ainda o resultado dos exames de perícia nos projéteis, recolhidos na cena do crime.
A Delegacia de Homicídio não descarta ligação entre o caso e a morte do major da PM Claudemir Gasparetto, assassinado em frente de casa terça-feira (18). Testemunhas relataram à Polícia Militar que 4 ou 5 homens desceram de um carro cinza, armados com pistola e arma calibre 12 e mandaram os clientes e proprietários do comércio virarem para a parede.
Gritaram PCC (sigla da organização criminosa Primeiro Comando da Capital) e começaram a disparar. As informações constam no boletim de ocorrência registrado na Central de Flagrante do Planalto, em Cuiabá. No documento, a PM frisa que os “órgãos competentes” estiveram no local para recolher as cápsulas das munições disparadas. As marcas de tiro ficaram na fachada do bar e manchas de sangue ainda eram encontradas na mesa de sinuca na manhã seguinte.
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