Preso por receptação de SUV, advogado paga R$ 11 mil de fiança em MT

 

O advogado Eduardo Rodrigo da Silva, de 34 anos, teve que pagar uma fiança de R$ 11 mil para poder deixar a delegacia e responder em liberdade por suspeita de atuar como receptador de um veículo Toyota SW4 que foi roubado no Rio de Janeiro. O jurista é representante do candidato a vice-prefeito na chapa da empresária Mirtes Grotta (Novo), Adenilson Rocha (PSDB), em Sinop (500 km de Cuiabá), e foi preso nesta quarta-feira (28). 

De acordo com as informações, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou o veículo enquanto era transportado por um caminhão cegonha, durante uma fiscalização. Em depoimento ao delegado Hugo Ângelo Reck de Mendonça, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), o advogado contou que pegou o carro para seu irmão, o também advogado Adriano José da Silva, como forma de pagamento de honorários.

"Que então o interrogando aceitou o pedido de seu irmão e por conta disso assinou um termo de seguro do veículo cegonha no valor de R$ 2,8 mil (seguradora Allianz) e encaminhou o documento para a empresa do Guincho Mancha Transportes. Que o interrogando desconhece toda e qualquer negociação referente a este veículo. Que o modelo do veículo estava discriminado no documento, mas o interrogando informa que nunca viu o veículo. Que não sabia quem iria trazer o veículo", diz trecho do interrogatório. 

O jurista disse que apenas combinou o horário e local de entrega do automóvel com o motorista, que seria em frente a Rodobens Toyota por volta das 7h da manhã. Ele disse que estava neste endereço quando entrou em contato com o motorista da Cegonha onde foi dito que ele estava com problemas com um veículo e que atrasaria por uma hora.

O advogado permaneceu aguardando dentro de seu veículo juntamente com sua esposa e filhos pelo caminhão cegonha quando foi abordado por policiais civis. Ainda afirmou que não sabia nada a respeito do veículo apreendido e nem de qualquer negociação feita entre seu irmão Adriano e o cliente dele ou com qualquer terceira pessoa. 

O delegado arbitrou fiança de R$ 11 mil, além de requisitar à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) uma perícia do veículo tendo em vista as adulterações de sinais identificadores informados pela PRF. O luxuoso veículo, de ano em modelo 2021 tem preço de mercado estimado em R$ 220 mil. 

"Levando-se em  conta o preceituado pelos artigos 322, 325, 326, 332 e 333, todos do Código de Processo Penal(Decreto-Lei 3.689/41) e ulteriores alterações legais e face às suas condições econômicas, concedo-lhe fiança criminal, para que se livre solto, fixando-a no valor de R$ 11.000,00". 

O valor foi pago ainda na quarta-feira e o advogado foi colocado em liberdade. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.