“Quem tem boca fala o que quer”, disse a representante comercial Ana Claudia Flor, ao negar que teve participação no assassinato do marido, o empresário Toni Flor, no dia 10 de agosto de 2020. Encaminhada para a prisão nesta tarde de quinta-feira (19), o executor Igor Espinosa afirmou em depoimento que Ana teria mandado matar o marido.
De acordo com informações do delegado Marcel de Oliveira, Ana Claudia era a principal suspeita do crime desde o início das investigações. Preso na última semana, Igor Espinosa, deu detalhes de como executou a vítima, incluindo como fez a negociação com Ana Claudia.
Ele estava sentado no meio-fio da academia, no bairro Santa Marta, quando abordou o empresário dizendo “perdeu”. Em seguida, disparou 5 vezes contra a vítima. Depois fez uma videochamada com Ana Claudia e mais dois intermediadores. O acordo era R$ 60 mil, distribuídos em R$ 20 mil para cada.
Os outros dois intermediários, que também foram presos nesta manhã, foram identificados apenas como Wellington e Dieliton, conhecido como “Maquê”. “Wellington foi responsável pela videochamada, era um plano dos três. Os três entraram em contato com Ana Claudia e através desse contato se empenharam na morte do TonI. O Wellington foi justamente adquirir a arma para matar o Toni.
Wellington adquiriu a arma e passou para o Igor, o Igor executou o Toni e passou para o Wellington e Wellington se desfez da arma no lago do manso”, explicou o delegado.
Igor foi o único que recebeu o pagamento. Ele retornou para Cuiabá, após ter gastado o dinheiro. “Dos R$ 20 mil pagos, o Igor foi para a cidade do Rio de Janeiro, passou dois meses no Rio de Janeiro e estourou os R$ 20 mil”.
Ainda de acordo com o delegado, a motivação do crime provavelmente se deu porque Ana Claudia tinha diversos amantes, além de ter adiantado o processo de herança um pouco antes de Toni morrer.
Sem antecedentes criminais, outro detalhe que o delegado repassou sobre Ana Claudia, é que ela tinha registrado um boletim de ocorrência de violência doméstica contra Toni, em 2019. Na ocasião, ele viu mensagens trocadas com outro homem no celular de Ana, levando ao uma discussão e agressão em seguida.
Assim como ela, ele era representante comercial de vários mercados de Cuiabá.
Rafa
Sexta-Feira, 20 de Agosto de 2021, 13h09