Polícia Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 20h:40 | Atualizado:

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RODRIGO CLARO

Tenente pega 1 ano de prisão por maus tratos a aluno morto

Izadora Ledur se livrou de acusação de tortura

Vitória Lopes
Gazeta Digital

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O Conselho Especial de Justiça condenou a tenente Izadora Ledur em um ano de prisão em regime aberto, por maus-tratos contra o aluno Rodrigo Claro. O soldado morreu após participar de treinamento aquático do Corpo de Bombeiros, em novembro de 2016, conduzido pela tenente. 

O Conselho é presidido pelo juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar de Cuiabá, e composto pelo tenente-coronel Neurivaldo Antônio de Souza e os majores Paulo César Vieira de Melo Júnior, Ludmila de Souza Eickhoff e Edison Carvalho.

De acordo com decisão do juiz Marcos Faleiros, ele julgou parcialmente procedente o pedido da acusação, e determinou a prisão de Ledur como crime militar por maus-tratos. Em seguida, a decisão do magistrado foi acompanhado pela coronel Ludmila de Souza Eickhoff, Paulo César Vieira de Melo Júnior e Abel.

No entendimento do juiz, foi desclassificada a acusação de tortura. Conforme a decisão, Ledur teria se excedido durante a aplicação dos "caldos", técnica utilizada para salvamento de vítimas na água. Entretanto, não houve intuito de torturar o então aluno.

O promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta apontou que por ter dificuldade em nadar, além de ter apresentado atestado médico em uma das atividades conduzidas por Ledur, a tenente passou a perseguir e provocar Rodrigo.

Por sua vez, Faleiros entendeu que não existe comprovação de que a morte tenha sido ocasionada pelos maus-tratos que ele sofreu. “Em que pese essa conduta deturpada de castigar o aluno por não conseguir cumprir com o treinamento, a verdade é que a intenção da ré era efetivamente de ensino e/ou instrução, apesar de ter desviado do bom sendo, transmudando o ensino em um palco de arbitrariedades", disse o juiz.

No local da prova, realizada na Lagoa Trevisan, o fotógrafo da corporação estava presente. Por estar em observação de câmeras, os atos de Ledur não poderiam configurar como tortura, já que o crime poderia ser filmado. Além disso, torturas são praticadas na clandestinidade.

“Admite-se excesso de caldos e agressões praticadas pela ré Ledur como maus-tratos, mas não como crime de tortura, em virtude do elemento subjetivo da conduta. O pano de fundo da ré Ledur era a instrução e não o sofrimento atroz e profundo por si só, até porque a tortura normalmente é um ato clandestino [...], sendo que no momento da conduta criminosa, havia até empresa da comissão de formatura tirando fotos e/ou filmando o local”, alegou Faleiros.

O caso

Rodrigo Claro morreu em 15 de novembro de 2016, 5 dias após ser internado em hospital particular de Cuiabá.

Ele participava de treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, curso do qual a oficial era instrutora. Conhecida por sua conduta enérgica e até agressiva, a tenente teria perseguido o soldado, sabendo da dificuldade que ele apresentava durante o treinamento.

No curso, o jovem passou mal após sofrer vários “caldos” e foi impedido pela tenente de deixar a aula, mesmo relatando o mal estar. Já sem forças para continuar, ele saiu do treinamento e foi buscar socorro médico.

Da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Verdão, ele foi encaminhado para o Hospital Jardim Cuiabá, onde faleceu.

 





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Comentários (23)

  • Ptralhas

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 13h18
  • A culpa não é da justiça mas sim do povo brasileiro que vendem os seus votos por carteira de cigarro, pão com mortadela pinga e maconha crack e não tem moral pra cobrar mudança nas leis dos políticos não é a toa que o maior ladrão do mundo líder da maior organização criminosa do mundo está aí fazendo campanha pra presidente do Brasil
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  • Waldir cpa

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 12h09
  • Infelizmente estamos no Brasil
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  • aquiles

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 11h46
  • nossa que injustiça, isso pegar um ano por matar um jovem que tinha toda uma vida pela frente, e tantos anos se passaram ela vai ficar livre, isso se chama militarismo, o Brasil com estas leis de beneficiar assassino e bandido , e corruptos, só vai para cadeia pobre mesmo.
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  • Cidadão Indignado

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 11h40
  • Esse país é uma piada. A justiça desse país é uma piada. Falem que essa matéria é uma piada... pelo amor de Deus...
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  • Cuiabano

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 11h30
  • Kkkkkk. Piada essa pena...!!!! Enquanto isso,o ex capitão sena.....só porque talvez deu uns cascudos em alguém, foi frito em óleo.....expulso.....!!! Se eu fosse familiar do aluno que morreu, iria pra ONU, tribunal no exterior, alguma tv de São Paulo.....sei lá.....iria mostrar ao mundo essa situação!??
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  • Orlando

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 11h04
  • Isso é Brasil onde reina a impunidade. E, mais uma vez.... Tudo acaba em pizza! E a morte do soldado pela imprudência e abuso de poder da Tenente, ficarão impunes! Só resta lamentar a injustiça!
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  • Comentarista

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 10h20
  • "teria se excedido durante a aplicação dos "caldos", técnica utilizada para salvamento de vítimas na água." Caldo, afogamento, técnica de salvamento? Meu Deus kkkk o último a sair apaga a luz.
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  • GILVAN PINA

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 10h16
  • Ela precisa ser penalizada severamente, mas pelo jeito ainda vai receber gratificação sendo promovida a capitão... Pra que um treinamento tão severo sendo que quando assumem não fazem nada a nível desses treinamentos pra quem vai a guerra... Aqui a ação mais difícil é apagar fogo... E tenho dito...
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  • Marcos

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 10h03
  • Na justiça comum um Policial da uma surra num vagabundo, responde por tortura, é expulso e preso; na justiça Militar, mataram um jovem de família, cidadão de bem, que buscava o melhor pra sua vida, não aconteceu nada. E tem otários pregando descreditos na justiça comum e aplaudindo militares. Isso aí é o militarismo.
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  • Olho Vivo

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 10h01
  • Condenada a um ano de prisão. Como já se passaram 5 anos, a ré está livre, leve e solta. Crime prescrito. Acredite se quiser, isso é Brasil. Enquanto ela vai curtir a vida e receber uma promoção, a mãe do jovem vai continuar a chorar a sua morte, sem que a justiça tenha sido feita.
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  • Luiz

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 10h01
  • Uma palavra aquém de direito, e os demais comandante não vao ser julgado por omissão, vou escrever no concurso do bombeiro só pra ser maltratado por essa oficial, espero que minha saúde aguenta as brutalidade, pois o ofício exigi canhaem Vix
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  • Mario

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 09h49
  • Esse Vonildo aí do Facebook deve ser um.lambe bota da tenente, um imbecil
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  • GOIANO

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 09h48
  • É, acho que deveria voltar aos velhos tempos, se ajustiça não faz justiça, a família deveria fazer, é lamentável uma decisão dessa, mais uma vergonha escancarada.
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  • Azevedo

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 09h38
  • EsPerar justiça no Brasil e a mesma coisa que esperar ganhar na loteria
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  • Jorge Soares

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 09h22
  • Agora, se é um praça que pega 50 reais pra liberar um carro atrasado, é espulso na hora. Esse é juiz militar de MT... Rabo preso e noiado. /( Não tô defendendo quem pega dinheiro na rua, mas só pra comparar foi uma vida, um guri novo demais.)
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  • Benedito de VG

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 09h08
  • 1 ano? é isso mesmo ?
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  • paj

    Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2021, 09h06
  • interessante essa condenação , 1 ano de prisão em regime aberto kkkkkkkkkk , resumindo a família do aluno que morreu que se ferra , ela vai ser promovida aposentar lindamente e vida que segue . O brasil não é para amadores , fica só meu sentimento a família da vitima .
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  • Dona Porfiria - aposentada

    Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 23h15
  • 1 ano??? Mas gente, foi uma vida. Inacreditável!
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  • Antônio

    Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 22h48
  • ALGUÉM ESPERAVA UMA OUTRA PENA? VEJAM SÓ, 4 ANOS SE PASSARAM, OS JUÍZES, 01 TEN CEL E 03 MAJ, PARA JULGAREM , CADE OS CORONÉIS, SERA QUE NAO FOI UMA JOGADA? AGORA LIVRE E SOLTA, SERÁ PROMOVIDA A CAP BM RETROATIVO, COM TODOS OS DIREITOS, VIVA NOSSA JUSTIÇA.
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  • Mario

    Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 22h37
  • Sabia que não iria dar em nada mais uma vez o corporativismo falou mais alto uma vergonha essa justiça de Mato Grosso só favorece os poderosos como sempre, os fracos que se danem. Vergonha, vergonha a nossa justiça!!! Parabéns!!!! Mais um monstro absolvido!!!
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  • Paulo

    Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 21h45
  • Lamentável,infelizmente essa decisão abre um precedente perigoso para os futuros alunos nos cursos das forças militares do estado; esse juiz q virou manchete de forma negativa ao lardear q iria abrir investigação contra tds PM q fossem participar dos atos,e sem ter a mínima noção de qto é perigosa suas colocações nesse caso,contribuiu para tornar mais perigosos atos de torturas e maus tratos aos futuros alunos,qdo na vdd uma condenação exemplar parabessa instrutora,seria um exemplo para q os instrutores agissem com dignidade e respeito aos seus alunos! Impunidade.
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  • Cara pálida

    Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 21h30
  • Alguém errou o resultado, sqn
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  • olho por olho

    Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 20h56
  • ESSA MULHER HÁ DE GRITAR E GEMER NOS BRAÇOS DO DEMÔNIO, ELA VAI VAGAR PELO VALE SOMBRIO DA ESCURIDÃO...
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