AL de MT aprova moção de solidariedade a Bolsonaro por ser barrado de ida aos EUA

 

Sem mais nada de útil para votar, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, com dois votos contrários, uma moção de solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve o passaporte apreendido e não pode ir à posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Contrário, o deputado Valdir Barranco (PT), ironizou os parlamentares brasileiros que foram ao país, mas assistiram o momento pela TV, pois não conseguiram entrar no Capitólio. 

A moção foi apresentada, em sessão ordinária nesta quarta-feira (22), pelo deputado bolsonarista Gilberto Cattani (PL), que classificou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em rejeitar devolver o passaporte de Jair como “grande covardia”, além de dizer que Bolsonaro é perseguido por ser o “maior presidente da história do país”. Xuxu Dal Molin (UB) também defendeu o ex-presidente. 

Por outro lado, Valdir Barranco lamentou a decisão de Moraes. Ele afirmou que queria ter visto Jair Bolsonaro passando “frio e vergonha” junto a demais parlamentares que foram “barrados no baile” na cerimônia oficial no Capitólio, e assistiram ao evento em um telão no ginásio Capital One Arena, em Washington D.C., uma delas foi a deputada federal coronel Fernanda (PL). 

“Lamentei essa decisão do Alexandre de Moraes para que o Bolsonaro pudesse somar aos que passaram frio de bater o queixo na neve de Washington porque não tinha convite formar e não puderam entrar no capitólio, ficaram lá congelando na neve e fazendo o Brasil passar vergonha porque não eram convidados”, debochou o petista. 

Além dele, Lúdio Cabral (PT) também foi contrário à moção. O documento foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024 diante do avanço das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, envolvendo o ex-mandatário, aliados e militares de alto escalão do Exército próximos. 

Em novembro do ano passado, Bolsonaro e mais 39 pessoas foram indiciadas pela PF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito devido aos atos de vandalismos protagonizado por seus apoiadores em 8 de janeiro de 2023. O caso está sob análise da Procuradoria-geral da República (PGR). Há expectativa no STF de que eles sejam formalmente acusados.