O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (UB), afirmou na manhã desta quarta-feira (15) que não permitirá que os deputados estaduais utilizem as aeronaves disponibilizadas pela Casa durante o período eleitoral. O parlamentar também comentou sobre a utilização de emendas parlamentares para pagamentos de cachês de artistas, além do uso inadequado do avião do Legislativo.
Botelho comentou sobre a polêmica envolvendo o deputado estadual Thiago Silva (MDB), que teria utilizado o avião da Assembleia Legislativa para o transporte da dupla de música gospel Daniel e Samuel, contratada para uma apresentação em Primavera do Leste. Para o presidente da ALMT, as ‘caronas’ não são prejudiciais, mas o parlamentar precisa estar em viagem oficial e presente na aeronave.
“O avião é para o deputado, mas algumas vezes vai alguém acompanhando. Não vejo como nada que gere prejuízo. No entanto, ela é para uso em serviço do parlamentar. O próprio governador volta e meia dá carona para empresários em suas viagens e não tem problema algum. O que não pode é utilizar com esta finalidade. A Casa não investiga e a única coisa que exigimos é que exista uma agenda oficial e o parlamentar esteja na aeronave”, explicou.
Na esteira da polêmica, Botelho adiantou que o uso de aeronaves da ALMT durante o período eleitoral, está vetado. Ele afirmou que a decisão evitará problema maiores.
Segundo o presidente da Casa, quem quiser fazer uso de aeronaves durante a campanha, terá que pagar o transporte com recursos próprios. “Agora que começa o período eleitoral, em julho, vamos proibir. Não forneceremos mais aeronaves. Os deputados que me perdoem, mas este é um período muito problemático e quem quiser, que pague com recursos próprios. Não vamos mais liberar assim que voltar do recesso. Faço o que é justo e correto e, nesse período de campanha, para criar menos problema para os próprios parlamentares, melhor não usar nada que seja público ou utilize recursos da ALMT”, disse.
Cachês com verbas parlamentares
O deputado também comentou sobre a polêmica envolvendo o pagamento de cachês de artistas com dinheiro oriundo de verbas parlamentares. Recentemente, o Ministério Público de Mato Grosso abriu uma investigação para apurar o uso de recursos públicos para realização da Marcha para Jesus, que contou com R$ 340 mil de deputados estaduais
“Precisamos direcionar mais esta questão de emendas para shows. Não é justo gastarmos milhões com artistas de fora, e quando vai contratar um daqui, querem pagar uma mixaria. Oferecem mil reais pro cara cantar, e pros de fora, é R$ 300 mil a R$ 400 mil. Temos que valorizar o que é nosso, pois nossos artistas estão passando necessidade. Queremos deixar um percentual para os que atuam no estado. Acho que é muito dinheiro público gasto nessas questões”, apontou.
Joana
Quinta-Feira, 16 de Junho de 2022, 08h51Kevin Durant
Quarta-Feira, 15 de Junho de 2022, 21h25Luiz Carlos
Quarta-Feira, 15 de Junho de 2022, 17h20