O empresário Valdebran Padilha foi preso na última quarta-feira (22), em Cuiabá, pela suspeita de abusar sexualmente de uma sobrinha de 12 anos e estuprar outra menor de idade, de 15 anos. Ele é um dos “Aloprados”, como se referiu o ex-presidente Lula no ano de 2006, parte de uma organização criminosa que tentou obter um dossiê contra políticos do PSDB pelo valor de R$ 1,7 milhão.

De acordo com uma matéria que foi ao ar no programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, na manhã desta quinta-feira (23), as famílias das vítimas denunciaram o empresário pelos crimes. Num deles, segundo a denúncia, Valdebran Padilha teria ido buscar a sobrinha de 12 anos na escola, na capital, quando “passou a mão” em suas partes íntimas.

Já o outro caso, conforme a reportagem, ocorreu no ano de 2019, contra uma “empregada doméstica” de 15 anos. O caso também foi relatado à polícia pela família da vítima.

Após ser preso na última quarta-feira, Valdebran Padilha “pernoitou” na unidade da Polinter em Cuiabá. Ele passará por uma audiência de custódia nesta quinta-feira no Fórum da capital, que deverá decidir se o mantém preso ou conceder o benefício de responder ao processo em liberdade.

ALOPRADOS DO PT

Valdebran Padilha ficou nacionalmente conhecido após ser flagrado no ano de 2006 com R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria utilizado para a “compra” de um dossiê contra políticos do PSDB, época em que ocorria a campanha de reeleição do ex-presidente Lula (PT).

A prisão de Padilha em 2006 ocorreu num hotel em São Paulo, local onde o valor seria entregue ao também empresário Luiz Antônio Vedoin, “líder” da chamada “Máfia das Ambulâncias”.

A Polícia Federal apontou que os recursos tinham origem no próprio Partido dos Trabalhadores. Na época, o ex-presidente Lula chamou de “Aloprados” os petistas envolvidos no crime.