A Associação Matogrossense dos Municípios (AMM), sob o presidente Valdecir Luiz Colle (PSD), deflagrará “reação” em Brasília, com meta de minimizar o impacto negativo do corte de recursos, anunciado pelo Governo Federal, que atingiu as emendas parlamentares previstas para o Estado no atual exercício, totalizando R$ 432 milhões. Representante da entidade em Brasília, Flávio Daltro, coordena “peregrinação” em ministérios, com objetivo de assegurar a liberação de emendas.“Temos um quadro muito complicado, porque as emendas que nem saíram do papel já sofreram o ajuste. Existe um pouco de esperança sobre um levantamento de emendas relativas ao ano passado, que estão em curso, algumas empenhadas, mas que não foram liberadas. E sobre as emendas para 2014, vamos tentar com apoio da bancada federal conseguir pelo menos a parte das propostas que devem ficar fora da lista de cortes”, avaliou Daltro.
Na bancada, é visível a preocupação com essa seara. Deputados como Nilson Leitão (PSDB) temem que o “corte” no OGU, acabe de levar por terra qualquer possibilidade de remessa de verba pública, estimada em emendas, para Mato Grosso. Paralelamente a esse contexto, os municípios travam uma batalha aberta com o Governo Federal para garantir avanços sobre a distribuição de recursos.
Neste ano, prefeitos de todo o país voltam a Brasília, na “Grande Marcha”, com a árdua tarefa de “pedir socorro”, ou seja, maior aporte de dinheiro para os caixas municipais. Daltro se reúne com representantes da banca-da federal, nos próximos dias, para discutir táticas de respaldo junto aos ministérios. O apoio vem de vários partidos, mas nos últimos dias o PMDB teria demonstrado insatisfação com série de medidas do Governo.