Política Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 21h:28 | Atualizado:

Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 21h:28 | Atualizado:

PROCESSO ENGAVETADO

Após um ano, líderes dos grampos seguem impunes; inquérito "morre" no STJ

Apesar de impacto social, esquema de interceptções telefônicas segue sem resposta

G1-MT

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ronelson-lesco-januario-zaqueu

 

Um ano após as prisões do ex-comandante da Polícia Militar em Mato Grosso (PMMT), coronel Zaqueu Barbosa, e do cabo Gerson Corrêa, por suposto envolvimento em interceptações clandestinas no estado, todos os suspeitos de relação com o esquema estão soltos. Zaqueu é acusado de ser um dos líderes do esquema que grampeou centenas de pessoas, entre elas jornalistas, advogados e políticos de oposição ao atual governo, entre os anos de 2014 e 2015.

Já Gerson foi apontado nas investigações como o responsável por assinar os pedidos de interceptações que eram remetidos à Justiça e coordenar o esquema. O caso de espionagem veio à tona em 14 de maio do ano passado e foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, que disse ter tomado conhecimento do caso quando ainda era secretário estadual de Segurança Pública, em 2015.

Ele denunciou o caso à Procuradoria-Geral da República, afirmando que alertou o governador Pedro Taques (PSBD) sobre a existência de um "escritório clandestino de espionagem" por meio de dois ofícios. O primeiro chegou a ser enviado para o MPE, mas a investigação foi arquivada por falta de provas.

O segundo, que o governador alega nunca ter recebido, foi protocolado na Casa Civil, mas cancelado no mesmo dia e substituído por outro, conforme apontou auditoria da Controladoria Geral do Estado. Antes do relatório da CGE vir à tona, Taques chegou a entrar com representação contra Zaque em instituições como o Conselho Nacional do Ministério Público e a PGR, acusando-o de falsificação de documento público.

Segundo consta na denúncia feita por Zaque à PGR, os telefones dos alvos das interceptações clandestinas foram incluídos indevidamente em investigação sobre tráfico de drogas que teria o envolvimento de policiais militares, num esquema conhecido como "barriga de aluguel". O resultado dessa investigação, porém, não foi informado pelo governo até hoje.

Conforme foi relatado pelo Ministério Público Federal, osteriormente, nos relatórios das diligências realizadas eram atribuídos "apelidos e crimes às pessoas interceptadas para dissimular a verdadeira identidade destas".

INVESTIGAÇÕES E PRISÕES

O coronel Zaqueu Barbosa, o cabo Gerson Corrêa e outros três militares foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por participação no esquema dos grampos e a ação tramita na Vara Militar. Na ação, também figuram como réus os coronéis Ronelson Barros e Evandro Lesco (ex-chefe da Casa Militar) e o tenente-coronel Januário Batista.

Eles respondem por ação militar ilícita, falsificação de documento, falsidade ideológica e prevaricação. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso também chegou a investigar o caso, mas todos os inquéritos e depoimentos foram remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em outubro do ano passado, por determinação do ministro Mauro Campbell Marques.

A remessa dos autos para a instância superior foi motivada por indícios de envolvimento do governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), no esquema de grampos, conforme denúncia feita à PGR por Mauro Zaque. Taques tem foro privilegiado.

Gerson foi o último dos cinco militares denunciados por participação no esquema a ser solto, em março deste ano. Além dele e do ex-chefe da PM, também foram presos em junho do ano passado e já estão soltoso ex-secretário-chefe e o ex-secretário-adjunto da Casa Militar, coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros, o então comandante do 4º Batalhão da PM em Várzea Grande, região metropolitana da capital, tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista, e o cabo Euclides Luiz Torezan.

Em setembro do ano passado, uma operação denominada "Esdras" - desdobramento das investigações sobre os grampos - resultou em novos mandados de prisão contra oito pessoas: o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel PM Airton Siqueira, o coronel da PM Evandro Alexandre Lesco, Helen Christy Carvalho Dias Lesco (mulher de Lesco), Paulo Taques (ex-secretário chefe da Casa Civil e primo do governador de Mato Grosso), Rogers Jarbas (ex-secretário de Segurança Pública), o sargento João Ricardo Soler, o empresário José Marilson e o major PM Michel Ferronato.

 





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Comentários (16)

  • silva

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 10h41
  • Faça uma matétias sobre os pedidos de grampo de dama lora, coleguinha. Bota a cara dos delegados na toto da matéria e escolha como chamada : POR QUE NÃO FORAM PRESOS E PROCESSOADOS?
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  • Regina

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 08h12
  • O que adianta falar que "nunca mais vou votar nesse homem" se vai continuar votando em pessoas que representam os mesmos interesses desse "homem". E viva a GRAMPOLÂNDIA.... a justiça NÃO é imparcial.... a justiça tem LADO... o lado da justiça PSDB e outros partidões de DIREITA.
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  • ANA

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 07h59
  • ESTA MATÉRIA TEM QUE VOLTAR A MOSTRAR NO JORNAL NACIONAL. PARA ASSIM TODOS SABEREM QUE O QUE TEM AQUI É PROTEÇÃO.... VISTAS GROSSAS, ARQUIVAMENTO. E COM CERTEZA UM CABO DA PM NÃO É O MANDANTE.. MANDANTE ESTÁ TENDO PROTEÇÃO E ISTO ESTAMOS VENDO. ESFREGANDO NA CARA DOA SOCIEDADE.
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  • M?rcio

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 07h20
  • Um governo autoritário que criou uma espécie de GESTAPO no Estado para encurralar jornalistas, promotores, juízes e políticos com suas informações da vida pessoal para engendrar livremente uma corrupção sistêmica que hj se vê: FAESPE; DETRAN, AGER, SEDUC.
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  • Dr Alessandro

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 07h18
  • Crueldade fez este grupo de pessoas, interceptado as pessoas ao arrepio da lei para fins de chantagem e extorsão com o objetivo de perpetuar uma figura deplorável e corrupta no poder. Mas a justiça tarde, mas não falha, os grampos foram a primeira ponta da corrupção que se expôs.
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  • Eleitor do pt

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 07h15
  • Esse " pinto podre " deve ser puxa saco de oficial kkkkkk com um puxa saco desses;os vagabundos da grampolandia nao precisa nem de advogado!!! Toma vergonha na cara; rapaz....puxando saco pra ver se cresce na vida......sem futuro !!!
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  • Z? carlos

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 06h24
  • Nós estamos no Brasil, fiquem calmo aqui ladrão tem nome, políticos com mandato .
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  • Pinto

    Quinta-Feira, 24 de Maio de 2018, 00h15
  • Ohhhh, meu filho. O processo é cheio de provas ilícitas, dados telefônicos, bancário sem qualquer autorização legal para suas obtenções, só um envelope que "apareceu por feitiçaria". Se esse processo se mover um passo, espirrar... tá nulo. Entenda, esse dossiê não foi feito com o fim de abrir um inquérito, foi para outros fins... logo, quem o fez não se preocupou ou não pôde fazer pedidos judicias para conseguir o que queria, por motivos óbvios. Por que você acha que ninguem quiz assumir a autoria desse dossiê? Oras!!!!!!!! Foram tantas, tantas arbitrariedades, tantas!!! Na Esdras então, nem se fala! O maior espetáculo de arbitrariedades da história. Crieldade tem limite, o que foi feito com Jarbas e tantos outros! Pedido de transferência para presídio de segurança máxima!!!!!!!! Bota logo os caras no tronco do pelourinho, traga o senhor feitor, bota no pau de arara, dá choque! Só faltou isso. Antes tivessem enchidos os bolsos de dinheiro do povo, estariam todos tranquilos, sem estarem sendo investigados, sem desmembramento de processo... né? E ninguém está nem aí se fulano ou sicrano teve participação ou não! Pra que? Honra é uma coisa que pra muitos do MP, Judiciário e imprensa não a menor importância. Pois saiba, meu caro, para alguns, é o que têm de mais valor. As delegadas pediram a barriga de aluguel de Dama Lora e Coleguinha, e daí? Estão presas e com a cara nessa foto acima? Nos poupe de tanta hipocrisia. Filhadaputisse tem limite!
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  • Carlos

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 23h38
  • Claro, é do PSDB
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  • Europa 2018

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 22h59
  • Cuiabanada, esses Brimos Taques simplesmente "destruiram" a pouca moral que ainda restava de Mato Grosso e Cuiabá no Cenário Nacional e internacional ! mto triste isso !
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  • Cabo jura

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 22h46
  • Conversa fiada oficial ser Deus,a incompetência é da justiça,com o Ministro do STJ,sentando em cima do inquérito,sorte do Pedro Taques,q por enquanto está procrastinando mais um caso.
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  • Janice

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 22h45
  • ISSO É UMA VERGONHA!!!! E só vem a confirmar a participação do Governador Pedro Taques. Fica tudo muito claro. Agora depende de nós eleitores, NUNCA MAIS VOTAR NESSE HOMEM!!!!
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  • Bernardino

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 22h42
  • É isso que te deixa descrente de que os culpados serão punidos! Os grampos foi o absurdo do absurdo, ficar impune é mas absurdo
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  • M?rio

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 22h04
  • Precisando abafar o roubo desenfreado do MT. Tirar a atenção dos deputados guardando dinheiro em bolsas, caixas, paletós...trás os grampos!
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  • Galileu

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 22h03
  • Aqui é Brasil. Querem o que? Não temos justiça.
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  • Cuiabano

    Quarta-Feira, 23 de Maio de 2018, 21h34
  • Deus na policia tem um nome "OFICIAL"....TUDO PODE NADA ACONTECE...QUER SER DEUS VIRA OFICIAL .....
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