Veterano da política brasileira, sendo um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), já tendo passado por Executivo e Legislativo, o deputado federal Carlos Bezerra (MDB) entende a ascensão do colega de Câmara Jair Bolsonaro (PSL) ao posto de presidente do Brasil ocorreu devido a dois fatores: a insatisfação popular e a operação Lava Jato.
“Esse processo tem origem em duas coisas: na insatisfação popular, que é muito grande nesse modelo político brasileiro, e também repercussão da Lava Jato, que potencializou a questão da corrupção no Brasil e escancarou muita coisa. Isso teve também repercussão muito grande perante opinião pública. Esses dois ingredientes que forjaram essa situação que está aí”, disse ao Gazeta Digital nesta segunda-feira (29).
Na visão do parlamentar, esses fatores também foram decisivos na eleição do Congresso Nacional, que neste pleito teve sua maior renovação desde a redemocratização, inclusive, com muitos correligionários do presidente eleito (mais de 50 deputados federais e 4 senadores). Para Bezerra, a renovação não é sinônimo de avanço. “O Congresso Nacional, no meu ponto de vista, vai empobrecer. Elegeu muita gente despreparada, a mando de núcleos que não sabe nem o começo, nem o meio, nem o fim”, afirma.
Além do despreparo Bezerra cita o perfil autoritário de Jair Bolsonaro. “O candidato a presidente tem uma postura que não é a mais democrática. Por exemplo, o primeiro projeto que ele quer mandar pra Câmara é o projeto pra armar as pessoas. Eu acho que nós temos que promover o desarmamento, não o armamento”, defende.
Questionado se acredita que a pauta do armamento seja aprovada pelo Legislativo, o emedebista é enfático: “Difícil passar, impossível!”.
Bezerra avalia que mesmo sinalizando o contrário durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro terá que negociar com os partidos políticos caso queira impor seus projetos polêmicos, além disso, terá que priorizar outra questão: e economia.
“Não adianta falar em armamento, desarmamento, saúde, educação... A origem de tudo está no econômico. Se o econômico não vai bem, o resto não vai. Então, o que tem que mudar no Brasil é a política econômica”, pontua. “E ele vai ter que negociar com a Câmara e com o Senado, com o Poder Legislativo na questão das reformas, que estão pendentes, que o Brasil precisa fazer”, completa.
Armindo de Figueiredo Filho Figueiredo
Terça-Feira, 30 de Outubro de 2018, 09h13Z? do Araguaia
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