Uma reunião entre líderes do PSB e PSDB com líderes do PP não consolidou as esperadas amarrações do bloco oposicionista, liderado pelo senador Pedro Taques (PDT), junto aos progressistas. Presidente do PP de Mato Grosso, Ezequiel Fonseca, assegura que as conversações continuam “firmes com os dois lados”, contemplando no rol de discussões os partidos da base aliada.

O encontro, realizado nesta semana, em Cuiabá, foi coordenador pelo presidente regional do PSB, prefeito Mauro Mendes e o responsável pelo PSDB no Estado, deputado federal Nilson Leitão. Deputado Antônio Azambuja (PP) também integrou a reunião.

A chance de o empresário progressista, Eraí Maggi, vir a ocupar o posto de vice de Taques, não teria entrado no quadro de avaliações. A cúpula do PDT ofereceu essa via a Eraí na tentativa de atrair o PP para o bloco.

Esse tema passou a ser tratado com cuidado desde que o PSB de Mauro se manifestou, porque também vislumbra fazer parte de chapa majoritária. De quebra, Eraí tratou de desmistificar, na quinta-feira, eventual inclinação para aceitar a missão.

Ele disse que seus ideais não se alinham nessa fase à oposição no Estado, declarando ainda seu reconhecimento à gestão do governador Silval Barbosa (PMDB). No encontro, Ezequiel lembrou que a decisão do partido de compor rumo ao pleito passará pela Executiva do PP.

Nos próximos dias, ele reúne a direção estadual para debater os encaminhamentos. O grupo governista também não garantiu, até o momento, o espe-rado enlace com os progressistas. “Não dá para dizer que existe uma tendência para um dos lados (oposição ou situação). Esse quadro pode se estender porque depende de muitas discussões com os grupos”.