O ex-secretário de Estado de Fazenda, Éder Moraes, fará até sexta-feira delação premiada para cumprir pena reduzida e ter outros benefícios que podem ser concedidos pela Justiça conforme orientação de seus advogados. A informação foi divulgada no programa MTTV 2ª Edição, da TVCA.
A delação premiada é oferecida pela legislação penal para quem busca auxiliar nas investigações. O mecanismo já usado pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Junior, o Júnior Mendonça, o que levou a Polícia Federal deflagrar nesta terça-feira (20) a quinta fase da Operação Ararath que culminou na prisão do próprio Eder Moraes e do deputado estadual José Riva (PSD), ambos acusados de participação em esquema de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Uma delação premiada por Eder Moraes é bastante temida no cenário político mato-grossense. Isso porque, enquanto ocupou cargos públicos, foi um dos homens mais influentes da gestão estadual nos mandatos de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), ocupando cargos estratégicos como presidência da MT Fomento, Secretaria de Estado de Fazenda, Chefia da Casa Civil, presidente da Agecopa e , por último, secretário da Copa do Mundo e representante de Mato Grosso no escritório de representação política em Brasília.
Ele foi preso na manhã de hoje, junto com o deputado estadual José Riva (PSD). No final da tarde de hoje, ambos foram encaminhados a Brasília, onde devem prestar depoimento na sede da Polícia Federal. Ainda não se sabe se eles serão encaminhados ao Complexo Penitenciário da Papuda.
OPERAÇÃO ARARATH
Deflagrada na manhã desta terça-feira, a quinta fase da Operação Ararath cumpre dezenas de mandados e busca e apreensão, condução coercitiva e ainda de prisões. Entre os detidos estão o próprio Éder Moraes e o deputado estadual José Riva (PSD). Eles estão na sede da Polícia Federal em Cuiabá e serão transferidos ainda nesta terça-feira para Brasília.
Desde as primeiras horas da manhã de hoje, agentes da Polícia Federal ainda cumprem mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa, Palácio Paiaguás, prefeitura de Cuiabá e até na casa do governador Silval Barbosa (PMDB).
A Operação foi deflagrada baseada em duas decisões. Uma é do STF (Supremo Tribunal Federal), do ministro Dias Tóffili, e outra o juiz federal da 5ª Vara de Cuiabá, Jeferson Schneider.
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ANTONIO COSTA
Quarta-Feira, 21 de Maio de 2014, 08h54Dornele$
Quarta-Feira, 21 de Maio de 2014, 04h29TUNO JUNIOR
Terça-Feira, 20 de Maio de 2014, 23h00