O deputado estadual Romoaldo Júnior avalia que o MDB deve adotar uma postura de "coadjuvante" nas eleições deste ano. Para ele, não é o momento da legenda ter grandes aspirações nas disputas majoritárias, em virtude do desgaste gerado pela gestão do ex-governador Silval Barbosa, que era filiado a sigla até firmar acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR).
Romoaldo afirmou que o MDB deve mesmo apoiar o senador Wellington Fagundes (PR), pré-candidato ao Governo do Estado pelo grupo de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB), que tentará a reeleição. O deputado também explicou que o partido não deverá lançar nenhum nome para a disputa ao Senado.
“Estamos aguardando a confirmação da candidatura do Wellington. O PMDB tem uma preferência de sentar e fechar com ele. Acredito em 3 ou 4 candidaturas ao Governo do Estado. Para o Senado, não vai sair ninguém. Já disse isso outras vezes. O MDB, depois do Silval, tem que ficar como coadjuvante, quietinho”, explicou o deputado, pouco depois de prestar depoimento no Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), relativo a "Operação Bereré".
Para o parlamentar, a postura é necessária para resguardar a imagem da sigla em Mato Grosso. Segundo ele, com o final ruim do governo Silval Barbosa, e as delações do próprio ex-governador, familiares e assessores, e as confissões do ex-deputado estadual José Riva, o partido precisa se reconstruir.
“O partido esteve no Governo do Estado. Teve a oportunidade. Terminou mal, com toda a questão do governo Silval, e hoje tem que se reestruturar. Estas delações do Silval e do Riva emplodiram nosso grupo político. Temos que reconstruir, fazer, mostrar para a sociedade. Acho que quem não deve, vai sobreviver, e quem deve, vai pagar. O MDB, como um grande partido nacional, vai ressurgir, e oxigenar, trazendo lideranças novas. Recupera rápido. O MDB é uma fênix, que renasce das cinzas”, afirmou.
Na opinião de Romoaldo, a campanha deste ano será diferente das anteriores, principalmente pela questão da proibição da doação empresarial de campanha. Ele inclusive ironizou a falta de recursos usando o nome da operação a qual prestou depoimento nesta tarde. “Estamos em abril e ainda não se fala quase nada de política. Em outros anos, o povo já estaria andando por aí. Sabe o que é isso? Falta de recursos. Falta do bererê”, explicou.
Romoaldo também avaliou a possibilidade da juíza aposentada Selma Rosane Santos Arruda se candidatar nas eleições deste ano. O parlamentar condenou a generalização e também opinou de que, nem sempre o ‘novo’ é algo bom para a política, citando o exemplo do governador Pedro Taques. “Política tem muita gente boa e muita gente ruim, mas acho que generalizaram. Querem uma faxina geral, mas faxina onde? Quem são os novos? Muitas vezes o novo pode ser muito pior. O Taques, por exemplo. Vejo as dificuldades dele. E olha que temos tentado ajudar. Sou um deputado que ajuda muito e que o acho bem intencionado, mas é um novo que não deu certo. Esta questão do novo é relativo. Acho interessante a entrada da Selma, por exemplo, que esteve do outro lado até agora, ver o que é o campo político, um ano de eleição, um mandato, o que é atender as pessoas, ver o que o interior precisa, o social”, finalizou.
Caio Oliveira
Quinta-Feira, 05 de Abril de 2018, 13h55jocadomas
Quinta-Feira, 05 de Abril de 2018, 11h23Z?
Quinta-Feira, 05 de Abril de 2018, 11h00junior
Quinta-Feira, 05 de Abril de 2018, 09h35Rodrigo
Quinta-Feira, 05 de Abril de 2018, 09h19matogrossenseroxo
Quinta-Feira, 05 de Abril de 2018, 09h16