Em sessão realizada no início deste mês, a Assembleia Legislativa (ALMT) discutiu sobre uma proposta de moratória da soja. De acordo com os deputados Gilberto Cattani (PL) e Janaina Riva (MDB), o pacto comercial traz prejuízos econômicos a vários municípios de Mato Grosso.
Wilson Santos (PSD) por sua vez alertou quanto ao desmatamento acelerado que prejudica o meio ambiente. “Esse pacto comercial feito por multinacionais diz que não podemos exportar a soja produzida através de desmates feitos depois da aprovação do código florestal. Isso quer dizer que mesmo com o desmate legal, há essa vedação, que segundo deputado Cattani traz prejuízo a mais de 80 municípios do estado, especialmente os que estão começando a trabalhar agora com a agricultura”, salientou a deputada.
A moratória da soja é um acordo firmado em 2008 por organizações não governamentais, agroindústrias e o Governo Federal e consiste na proibição da compra de soja produzida por em áreas desmatadas que fazem parte do Bioma da Amazônia. A polêmica em torno do pacto se dá porque não especifica se a área desmatada é legal ou ilegal.
“É que nem quando você vê uma notícia na Rede Globo quando se ala em desmatamento e eles usam o campo de futebol como exemplo. Foram desmatados tantos campos de futebol esse ano, mas não fala se é legal ou ilegal. O produtor tem o direito de desmatar dentro do seu bioma um percentual que a lei o determina”, explicou Gilberto Cattani, que é pecuarista.
De acordo com Cattani, o pacto é apenas um acordo comercial e não uma lei e quem ‘paga o pato’ não são os grandes produtores, conhecidos como ‘Barões da Soja”, por terem suas próprias comercializações, mas sim o pequeno produtor que precisa do financiamento das multinacionais.
“Nós vamos fazer uma audiência pública, no dia 27 de novembro, para discutir esse assunto e essa Casa vai se debruçar sobre essa questão para que a gente possa de fato colaborar para que essa moratória da soja, se possível, até caia. Não é possível a gente colocar os nossos agricultores debaixo desse julgo do comercio desigual”, asseverou.
Por fim, o deputado Wilson Santos fez um alerta para que os produtores rurais mato-grossenses prestem atenção às exigências dos países de primeiro mundo em relação às questões ambientais, considerando que os clientes estão cada vez mais sintonizados nessa pauta.
“Se vocês não se adequarem às exigências dos compradores dos nossos produtos, nós estaremos fechando as portas para comercialização. Sejam commodities da área da agricultura ou mineral. A questão ambiental não é brincadeira. Há estudos em Mato Grosso que se continuarmos no nível de desmatamento que estamos nos próximos anos o estado não produzirá mais do que uma safra por ano. Tenhamos juízo”, alertou o parlamentar.
DEVAIR VALIM DE MELO
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