A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso adiou na manhã de hoje a análise do recurso do Ministério Público Estadual feito contra a decisão liminar do desembargador Juvenal Pereira que suspendeu os efeitos da Operação Aprendiz. O principal alvo da investigação é o vereador João Emanuel Moreira Lima (PSB) que renunciou a presidência da Câmara de Cuiabá após mandados de busca e apreensão oriundos de um suposto esquema de grilagem de terras em troca de privilégios em licitações do Legislativo.
O desembargador Gilberto Giraldelli, relator do processo, emitiu na semana passada um voto pedindo a derrubada da decisão Juvenal Pereira, que argumentou a operação deveria ser suspensa pelo fato de que o Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado) deveria agira em parceria com a Polícia Civil. "As investigação contidas no Procedimento de Investigação Criminal nº 21/2013, foram iniciadas e em [sic] mantidas apenas por Promotores de Justiça, como se o Gaeco pudesse ser composto apenas por eles, em flagrante inobservância aos termos do art.2º da Lei Complementar Estadual nº 119, de 20 de dezembro de 2002”", argumento o magistrado.
Além de manter seu posicionamento de derrubar a investigação, o desembargador Juvenal atacou duramente os integrantes do Ministério Púbico. Ele considerou os promotores como "repugnantes, sensacionalistas e que causam asco" por ter intimado uma senhora com problemas psicológicos para prestar esclarecimentos.
Como o placar está em 1 a 1 na Terceira Câmara Criminal do Tribunal Justiça, agora haverá o voto decisivo. O desembargador Luiz Ferreira rá desempatar após fazer uma análise detalhada do processo.