Emanuel admite organizar motociata para Bolsonaro e vê sentido em voto impresso

 

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou na manhã desta sexta-feira (6) que deve se reunir com os organizadores da “motociata” em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que colocou a Prefeitura à disposição para a realização do evento. A previsão é de que o presidente venha a Cuiabá ainda no mês de agosto. 

“Eles querem fazer a motociata organizada pela prefeitura de Cuiabá, orientado pelo próprio presidente da República, que pediu que fosse com os prefeitos. Eu vou atender os organizadores hoje, eles falaram que querem muito a minha presença. Já coloquei a Prefeitura inteira à disposição, é uma honra receber o presidente na terra do seu colega Eurico Gaspar Dutra e eu terei um prazer muito grande de ser o anfitrião. Eu nem sei andar de moto, mas dar toda a condição de hospitalidade, de segurança e de boa recepção, é um dever nosso. Cuiabá preza por ser uma terra hospitaleira”, disse Emanuel, durante conversa com a imprensa na Praça Alencastro.  

O prefeito ainda descartou a possibilidade de que seu relacionamento com Bolsonaro seja afetado por conta da operação deflagrada pela Polícia Federal para investigar suspeitas de corrupção na Secretaria de Saúde. “O governo federal sabe a seriedade e a lisura que estamos tratando o dinheiro público e sabe a forma desonesta como o governo estadual joga pesado, usando as instituições para perseguir a minha gestão e para me atingir politicamente”, argumentou.

Ao ser questionado sobre o voto impresso auditável defendido por Bolsonaro, Pinheiro se mostrou favorável. Porém, afirmou que existem pautas mais importantes para serem discutidas no cenário nacional.  

“Eu acho que tem sentido o que o presidente prega, mas acho que temos outras prioridades como pauta nacional. É claro que a segurança no voto, o estado democrático de direito exige eleições limpas, mas entendo que temos outras pautas que merecem uma prioridade maior das autoridades, mas o presidente não está errado”, concluiu.