A derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) continua gerando polêmicas e trazendo à tona casos estarrecedores de assédio moral em ambiente de trabalho por parte de empresários que apostavam na vitória do presidente e agora querem descontar em alguém, inclusive, em funcionários, a raiva e frustração pela vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um desses exemplos, - prática que configura crime passível de denúncia e punições pelos órgãos responsáveis -, vem da cidade de Alta Floresta (804 km de Cuiabá). Por lá, uma empresária, dona de rede de lojas, gravou vários áudios expondo sua revolta contra Deus, contra os eleitores de Lula e prometendo que demitirá “petistas” de sua empresa.
Ela afirma que nem acredita mais em Deus porque de nada adiantou as orações que fez, de joelhos no chão, para que o presidente fosse reeleito. A mulher também diz, que, partindo da premissa de que “pobre vota em pobre”, em alusão a eleitores de Lula, se depender dela, vão continuar pobres e jamais poderão adquirir uma caminhonete, pois para isso, em seu entendimento, deveriam ter votado em Jair Bolsonaro.
A empresária vai além e afirma abertamente, nos áudios endereçado a outra mulher, num grupo de WhatsApp, que sob seu comando, todo e qualquer eleitor “petista” será demitido. Ela garantiu que é capaz até de se separar do marido se ele não a apoiar e optar em ficar do lado dos "petistas".
Os áudios dela viralizaram em aplicativos de mensagens e foram obtidos por FOLHAMAX, juntamente com mensagens de moradores de Alta Floresta que garantem se tratar de gravação feita pela dona da Karen Modas – loja que atua no segmento varejista de roupas e artigos para casa como cama, mesa e banho. A empresa tem três unidades na cidade de Alta Floresta. Dados cadastrais junto à Receita Federal mostram que a Karen Modas está registrada em nome da empresária Rosalina Ribeiro Pereira.
"Tem vários audios desses, mas escolhi um pra você ouvir, uma empresária de Alta Floresta que tem 3 lojas. Fez jejum e oração por Bolsonaro e saiu ateia. A loja chama Karen Modas, são três lojas aqui em Alta Floresta", diz as mensagens que FOLHAMAX teve acesso.
Na gravação, além de expor sua revolta, ela faz xingamentos e detona até artistas nacionais que declaram votos publicamente no ex-presidente Lula. “Eu tou só a revolta, mas enfim. Quem paga o salário desses filhos da égua ai, não contando com os artistas que é dinheiro nosso que eles ganham, que eles comem lá, a Xuxa, aquele bando de vagabundos, sem vergonha lá, é o nosso dinheiro, mas enfim”, diz a empresária.
Em seguida, ela insinua que somente pobres votariam em candidatos do PT e sendo assim, devem continuar passando apuros financeiros e ela não terá dó. “Se for todo mundo mendigo, que é pobre, como é o esquema? Pobre gosta de pobre, então tá bom. Se ele quer continuar pobre, nunca vai andar numa caminhonetona como eles dizem: ai os ricos andam em caminonetona. Uai, vota no Bolsonaro, vota em outro que não seja o PT que tem uma caminhonetona”, relata a lojista bastante indignada com a derrota de Jair Bosonaro..
Por fim ela pontua que cada um fez suas escolhas e agora que precisam aguentar as consequências. E nesse contexto, a mulher afirma claramente que se souber de algum funcionário que tenha votado em Lula, será sumariamente demitido.
“Agora, quer ficar pobre, paciência. Vamos deixar eles mais pobres. Na minha empresa, se for no meu comando, jamais petista vai trabalhar, jamais Silvana, Juro por Deus. Por Deus não, que eu não tou acreditando mais em Deus né, já falei, o tanto de joelho no chão que a gente teve e que, ah, Deus, que Deus é esse, qual é esse Deus que deixou isso acontecer, me poupe né. Silvana, a gente está indo para a igreja pra que? Eu estou desse jeito mesmo”, diz a empresária, toda revoltada com as “forças divinas” e com os 60,3 milhões de eleitores brasileiros que elegeram Lula para comandar o Brasil pela terceira vez a partir de 1º de janeiro de 2023.
Um dos dos áudios ela afirma inclusive, que se o marido dela viajar para o Nordeste, ela se separar, botar fim ao casamento. Isso porque a maior parte dos votos que ajudaram a vitória de Lula vieram a região Nordeste do Brasil. Um dos áudios ela externa muita insatisfação com Deus e afirma que perdeu a fé.
"Se eu descobrir que foi o Nordeste que fez essa cagada, se o Walter for pro Nordeste, juro por Deus você não será mais minha cunhada", diz ela no áudio direcionado para a cunhada, mas postado num grupo de WhatsApp com vários participantes. "Não vai, não vai dar dinheiro para esses filhos da puta. É a minha posição, paciência. E estou falando é no grupo mesmo, estou revoltada mesmo, ou ele fica com eles ou fica comigo", esbraveja ela, prometendo pesquisar se foi o Nordeste o responsável pela vitória de Lula.
Por fim, em um dos áudios ela reafirma que vai mesmo demitir funcinários petistas, até porque ela não tem mais vontade de abrir a loja após a derrota de Jair Bolsonaro. "Vou pesquisar, estou tão raivosa, que não estou nem em condições. Nas lojas, se tiver algum petista, pulou, pulou. Não estou nem querendo abrir a loja amanhã. Tem duas portas a loja, vou lá e vou trancar uma que a outra funcionária ainda acho que pode não ter mudado, acho que é petista ainda. Quando ela chegar lá, vai abrir primeiro e não vai entrar pra dentro, eu estou com a segunda chave, não vou atender celular, não vou atender nada, eu tenho esse direito. Estou revoltada, não acredito que Deus fez isso, uma enxurrada de gente orando com o joelho no chão. Cara, tem Deus? É a pergunta que eu faço", indaga ela, revoltada.
Ouça os áudios na íntegra:
CRIME DE ASSÉDIO ELEITORAL
No decorrer das eleições de 2022, no Brasil inteiro foram registrados diversos relatos e denúncias de patrões tentando obrigar funcionários a votarem em Jair Bolsonaro. Por sua vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixa claro que a empresa que tenta determinar voto de funcionário em qualquer candidato comete crime.
E para isso, trabalhadores que foram vítimas de tais práticas criminosas podem denunciar. Denúncias de assédio eleitoral podem ser registradas no site do Ministério Público do Trabalho (MPT), (mpt.mp.br), no botão Denuncie, ou pelo aplicativo "Pardal", disponível para Android e iOS. A denúncia pode ser sigilosa.
Em Mato Grosso, a atuação do PMF resultou em punições contra alguns empresários que foram denunciados e constada a prática do assédio eleitoral. No dia 20 de outubro, antes do 2º turno das eleições, o Ministério Público do Trabalho informou que acompanhava 16 casos de assédio eleitoral no Estado, um aumento de 700% em relação ao primeiro turno ocorrido no dia 2 de outubro quando Lula foi o mais votado frustrando bolsonaristas que apostavam na vitória do presidente.
Tuca
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